Verdadeiro Olhar

PSD quer saber porque é que Hospital Veterinário da Cespu veio para Paredes e não ficou em Gandra

Hospital Veterinário está em construção em Paredes | Foto: Verdadeiro Olhar

Os vereadores do PSD Paredes questionaram, hoje, em reunião de executivo, o porquê de o Hospital Veterinário da Cespu, inicialmente previsto para Gandra, veio para a cidade de Paredes. O edifício está em construção em terrenos junto ao Parque da Cidade de Paredes. Para o mesmo local, está previsto um outro que vai albergar a para Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Tâmega e Sousa.

“Todos sabemos que a Cespu adquiriu terreno em Gandra e que, a 30 de Janeiro de 2020, veio a reunião de câmara a votação de interesse público e foi aprovada, para a construção do hospital num terreno da Cespu em Gandra”, recordou a vereadora Sandra Martins.

A eleita pelo PSD salientou que o processo passou pela Assembleia Municipal de Paredes, onde também foi votado favoravelmente. “A Cespu projectou para lá um edifício e ia dar entrada no processo de licenciamento. O que é que aconteceu neste processo? Porque é que a Cespu, em meados de 2021, decidiu desistir da construção de um hospital veterinário em Gandra, num terreno que tinha adquirido, para o construir em Paredes?”, questionou.

Na resposta, o presidente da Câmara Municipal de Paredes ironizou: “Esta preocupação devia ter sido a do PSD, no passado, quando a Cespu constituiu um pólo em Penafiel e outro em Famalicão. Nessa altura deviam ter dito ‘Não! Tem de ser em Gandra, tem de ser em Paredes”.

Alexandre Almeida confirmou que a intenção inicial era construir o referido hospital veterinário em Gandra, mas que depois a Cespu resolveu fazer a obra em terrenos que tinha em Paredes. O porquê deve ser perguntado a Almeida Dias, administrador da instituição de ensino superior.

“Se nos comunicassem que o Hospital Veterinário iria ser feito em Famalicão ou em Penafiel eu tudo faria para que fosse feito no concelho de Paredes, em Gandra ou em Paredes, onde têm terrenos. A partir do momento que isso é feito no concelho de Paredes estou satisfeito”, afiançou o autarca.

Disse ainda ter a garantia de Almeida Dias de que “o pólo universitário continuará sempre em Gandra”, ao passo que o instituto politécnico deve crescer em Paredes, com novos investimentos. “São opções estratégicas da Cespu. A minha preocupação é que a Cespu continue a construir no concelho de Paredes e não retire cursos que estejam em Gandra para outros sítios”, concluiu o edil.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Em Março de 2020, foi aprovado, em Assembleia Municipal de Paredes, o reconhecimento de interesse público municipal num terreno contíguo à Rua Nova de Banja, em Gandra, para a construção de um Hospital Veterinário da Cespu, um hospital escola para animais de pequeno e grande porte e com picadeiro de apoio. Nessa altura, Alexandre Almeida afirmou que a Cespu era “o motor de Gandra” e que era meta da autarquia fomentar ainda mais o crescimento daquele pólo.Também já referia que havia negociações avançadas para que a Cespu ocupasse um terreno no centro da cidade de Paredes. “Está a ser pensado que o curso de Fisioterapia, que está em expansão não havendo lugar para ele em Gandra, possa vir para Paredes, em vez de ir para Penafiel ou Famalicão”, admitia.

Parque da Cidade também deve acolher edifício para Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Tâmega e Sousa

Recorde-se que, em Março do ano passado, o presidente da Câmara de Paredes assumia ao Verdadeiro Olhar que deveria arrancar, ainda em 2022 e ficar concluída em Setembro deste ano, a construção de um edifício para albergar a Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Tâmega e Sousa, da CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, junto ao Parque da Cidade de Paredes. Trata-se de um investimento de dois milhões de euros que será assumido pela Câmara Municipal. O novo edificio vai nascer numa parcela de terreno junto ao Hospital Veterinário que está a ser construído pela Cespu no mesmo local.

Numa primeira fase, o novo pólo devia acolher cinco cursos, entre eles Fisioterapia, Prótese Dentária, Ciências Biomédicas e TEP’S, esperando-se a frequência de cerca de 300 alunos. Será um edifício de quatro pisos, com cerca de 5.000 metros quadrados, com salas e ginásio para Fisioterapia, cantina, espaços administrativos e sociais e um total de 22 salas de aulas, avançava, na altura, Alexandre Almeida.

A previsão é de que a Cespu ceda uma outra parcela de terreno para construir uma nova biblioteca municipal junto ao Parque da Cidade.