O núcleo do PSD Campo e Sobrado enviou uma carta ao presidente da Câmara de Valongo apelando à redução da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), ou à sua descida para o mínimo, em específico para a freguesia de Campo e Sobrado.
Em causa, argumentam os social-democratas, estão várias situações que afectam a qualidade de vida na localidade. Desde logo os problemas causados pelo aterro existente em Sobrado, a poluição no Rio Ferreira e uma rede de transportes públicos “cada vez mais escassa” que condiciona a mobilidade dos habitantes, entre outros.
“Para o ano de 2020, a maioria dos municípios decidiu aplicar a taxa mínima, correspondente a 0,3%. Pelo menos 51% das autarquias decidiram aplicar aos proprietários seus munícipes a taxa mínima de IMI, correspondente a 0,3%. Cerca de 18% das autarquias fixaram taxas iguais ou inferiores a 0,35%. No que concerne ao nosso município, o executivo presidido por vossa excelência entendeu fixar a taxa em 0,409% para prédios urbanos, portanto um valor muito superior ao fixado pela maioria dos municípios portugueses”, argumenta Diogo Pastor Oliveira, que assina a missiva.
“São constantes as manifestações de desagrado por parte da população da vila de Sobrado em virtude das consequências adversas decorrentes do funcionamento do aterro. Constata-se, por isso, que a população mais jovem natural desta freguesia tem escolhido outros municípios para viver, fenómeno este que contribui para a desertificação de Sobrado. Nestes termos, o núcleo do PSD Campo e Sobrado requer que seja fixada a taxa mínima de IMI a suportar em 2021 (referente ao ano de 2020) ou, alternativamente, que se proceda, por meio de deliberação municipal, à redução da taxa de IMI em concreto para a freguesia de Campo e Sobrado, com vista ao combate à desertificação que se constata”, refere o partido, apelando a uma “discriminação positiva”.