Verdadeiro Olhar

PSD de Paredes tem que “reconquistar a credibilidade” perdida – Mariana Machado Silva, candidata à comissão política

“Reconquistar a credibilidade e sair de um período de latência” em que o PSD vive desde 2017 são os principais objetivos de Mariana Machado Silva ao apresentar-se como cabeça de lista à presidência da Comissão Política dos sociais-democratas de Paredes. A candidatura surge numa altura em que o atual líder, Ricardo Sousa, deixa aquela estrutura atingir o limite de mandatos.

Ao VERDADEIRO OLHAR, a advogada, que tem 34 anos e é presidente da Junta de Freguesia de Vilela, mostra-se inconformada com a perda de influência do PSD no concelho, acusando Ricardo Sousa de não ter conseguido “promover uma oposição firme e audível”, nem “combater o desânimo instalado entre os militantes”, levando a que o partido não tenha conseguido afirmar-se “como alternativa de governação”.

“Não haverá espaço para egos pessoais ou lamentações passadas”

A missão da nova comissão política concelhia passa por esgrimir estratégias que sejam eficazes de forma a conseguirem a liderança do município socialista. Neste contexto, Mariana Machado Silva não tem dúvidas em afirmar que atualmente, em Paredes, os sociais-democratas precisam, mais do que nunca, de se “fazerem ouvir de forma séria e efetiva”, porque o PS “não é, nem deve ser, uma inevitabilidade”.

O PSD “não vai apoiar candidaturas pré-determinadas”, referindo-se à possibilidade da candidatura de Mário Rocha


A ainda autarca de Vilela, que está apostada em executar uma política de proximidade, não quis avançar nomes que farão parte da sua equipa, sendo que certo que, e porque nas últimas autárquicas “o PSD ficou a dezoito mil votos do Partido Socialista”, vão ser precisos “todos os militantes” empenhados no combate autárquico que se avizinha. Mas, Mariana Machado Silva deixa um aviso: “não haverá espaço para egos pessoais ou lamentações passadas, o foco é o futuro”.

“Mário Rocha é um excelente quadro do partido”

Instada sobre se já tem algum candidato em mente, caso seja eleita, a social-democrata não adianta nomes, dizendo apenas que o “PSD de Paredes tem quadros de excecional valor”, para além de “personalidades da sociedade civil que estarão disponíveis para abraçar um desafio como este”. Um dos nomes apontados é o de Mário Rocha, ex-vereador da autarquia de Paredes. Apesar de reconhecer que “é um excelente quadro” do partido, a advogada assegura que o PSD local “não vai apoiar candidaturas pré-determinadas”.

A data das eleições para a comissão política ainda não é conhecida, mas, e caso vença, Mariana Machado Silva é perentória em afirmar que vai romper com o trabalho que tem sido feito até agora, justificando que “é fundamental ‘ser’ em vez de apenas ‘aparecer'”.

Para além disso, “as pessoas só deixarão de ter medo de se expressar quando tiverem um líder que as inspire” e que “se responsabilize”, porque “queremos mudanças, temos de ser diferentes”, frisou a candidata que, desde já, se compromete a apresentar demissão caso o resultado nas autárquicas “seja uma derrota igual ou pior” do que em 2021.

O VERDADEIRO OLHAR sabe que Mariana Machado Silva não será candidata única. Um cenário que vê como sendo sinónimo de “pluralismo”, até porque “um processo eleitoral interno não visa a divisão, mas permitir aos militantes escolherem entre as diversas visões e soluções”, concluiu.