Mais intervalos, aulas mais práticas e interactivas e menos pesadas, fora do ambiente da sala de aula, e mais tempo com os amigos. São esses alguns dos elementos que os alunos apontam como o caminho para serem mais felizes na escola.
Cerca de 80 crianças e jovens de seis países – Dinamarca, Inglaterra, Grécia, Turquia, Alemanha e Eslovénia – estão em Lousada desde o início da semana, no âmbito do projecto Erasmus+ – Happiness in Lifelong Learning – 2015/ 2017, do qual o Agrupamento de Escolas de Lousada é parceiro.
E os benefícios para os alunos em integrar este programa são muitos. Além de melhorarem o inglês têm a oportunidade de viajar e conhecer outras culturas, dizem os professores.
“Os alunos gostam do projecto e empenham-se bastante. Têm a oportunidade de praticar o inglês”
Portugal juntou-se a outros seis países. Segundo a coordenadora do projecto em Lousada, Ana Mendes, isso já permitiu aos alunos de Lousada conhecer três países. Desta vez, Lousada está a receber cerca de 80 alunos, ente os 8 e os 17 anos, e a dar-lhes a conhecer a vila, a cultura e tradições locais e o seu dia-a-dia. Isso permite a comparação entre realidades educativas e a reflexão sobre as boas práticas adoptadas em cada país.
À semelhança do que aconteceu lá fora, os alunos ficam alojados em casa dos alunos portugueses. E todos participam no “Parlamento”, uma assembleia de jovens que os põe a debater problemáticas e assuntos relacionados com a escola. “Portugal foi o primeiro país que teve o Parlamento liderado apenas pelos alunos. Os professores apenas ajudam na tradução”, destaca a docente.
Desde que chegaram a Lousada já participaram em várias actividades desde uma festa tradicional a um espectáculo com flash mob, fizeram uma caça ao tesouro na Torre de Vilar e passaram pelo conservatório. Esta quinta-feira, estão de visita ao Porto.
“O interessante nestes projectos é poder partilhar ideias”
O que faz os alunos mais felizes na escola? Eles pedem mais intervalos e aulas práticas e interactivas, querem aulas menos pesadas e aborrecidas e mais tempo para estar com os amigos, adiantam Ana Mendes e também Peter Awi, um dos docentes coordenadores do projecto na Alemanha. “São as crianças que nos dizem o que precisam. Temos que os ouvir e pôr isso em prática”, refere. “Estamos satisfeitos por estar neste projecto internacional e impressionados com a educação em Portugal”, acrescentou o professor. “O interessante nestes projectos é poder partilhar ideias. Levamos muitas que podemos aplicar nas nossas escolas. Além disso, as crianças aprendem que uma língua estrangeira é útil fora do ambiente escolar. Agora têm um motivo para aprender inglês, para poder falar com os amigos”, defende Peter Awi.
“A mim faz-me feliz aprender coisas novas, estar com os meus amigos, tirar boas notas para conseguir entrar em Medicina, ter aulas interactivas e que não são aborrecidas”, aponta a aluna.