Dois presos do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira estão acusados de usar a sala de artesanato da prisão para falsificar obras de arte de conhecidos pintores portugueses e estrangeiros, como Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, Malangatana ou Almada Negreiros. As falsificações eram depois vendidas por um negociante de artes do Porto – e irmão de um dos reclusos – e pela ex-mulher como verdadeiras, explica o JN.
O esquema durou seis anos e os quatro arguidos respondem agora por crimes de associação criminosa, contrafacção e burla qualificada, refere o mesmo jornal que teve acesso à acusação do Ministério Público de Penafiel.
Ao todo terão sido produzidas 21 obras. Os materiais de pintura, como telas e tintas, passavam pela portaria da cadeia como artigos legais. As obras eram trazidas para o exterior, também através da portaria, aquando das visitas autorizadas. Os reclusos consultavam livros na biblioteca da cadeia e recebiam imagens do exterior para fazerem reproduções o mais fiéis possível.