Só se pode concluir uma de duas coisas:
– Pagou as rendas em atraso porque não pretende comprar o pavilhão, pelo menos nos tempos mais próximos. De qualquer maneira, quer compre já ou mais tarde, esbanjou, injustificadamente, 47.000 euros;
– a segunda hipótese é mais especulativa, mas é possível. A autarquia permite a construção em alta densidade a um construtor civil (adivinha-se quem) na área do campo de treinos e o empreiteiro, em vez de ceder para o domínio público o terreno a que a lei obriga, “junta-o” no estádio das Laranjeiras. Desta forma, perder-se-ia o campo de treinos, perdiam os compradores dos apartamentos aí construídos, e sobraria o estádio das Laranjeiras como espaço público. É uma possibilidade reprovável se tivermos em conta as promessas eleitorais do PS/Paredes.
Especulando: Onde está o PS?
O atual executivo camarário está longe de se poder considerar um executivo socialista. O presidente Alexandre Almeida se é militante, é dos mais recentes. O vice-presidente, Francisco Leal, era (ainda é?) militante do PSD. A vereadora Beatriz Meireles faz questão de ser “independente”. Elias Barros não é militante e nunca será um homem de esquerda. Sobra Paulo Silva, militante assumido e sabedor profundo dos meandros e truques da política.
E depois? Bem, depois, servidas as novas clientelas partidárias, sobra muito espaço aos eleitos para decidirem o seu futuro.
É que, com uma direção partidária que é mera figura de retórica, ninguém estranharia que, por exemplo, Paulo Silva se afirmasse no partido, num futuro próximo e se afirmasse a si mesmo como candidato à presidência da câmara nas próximas eleições autárquicas. Convém não esquecer que, apesar de muitos pensarem o contrário, quem escolhe os seus candidatos são os militantes. E, no partido, Paulo Silva vai à frente.
Também ninguém estranharia que Elias Barros, com vocação de liderança, com as provas dadas e com a permanente hostilização do “candidato de Lordelo”, se apresentasse como candidato do centro-direita, encabeçando uma lista do PSD ou do CDS. Ou até numa lista de independentes. É homem para isso e legitimidade não lhe falta.
Até às próximas autárquicas vai correr muita água debaixo das pontes, mas, entretanto, ou o PS se afirma como o partido no poder ou quem está no poder continuará a mandar no partido.
MEL: Handball Cup
Decorreu em todo o concelho de Paredes a animou-o como há muito não se via. Pode ter sido o pontapé de saída para um futuro diferente nesta área. Já está marcada a edição do próximo ano e, pelo que li, decorrerá também no concelho de Paredes. Se nessa altura o pavilhão gimnodesportivo municipal já estiver recuperado valerá a pena. Se não, continuaremos a querer “fazer filhos nas mulheres dos outros”.
Resta saber que contributo este evento e o subsequente “futebol de praia” trarão para os habitantes do concelho e que crescimento terá a modalidade no concelho depois deste investimento.
Se for só para dar nas vistas comprem-se óculos com lentes bifocais. Que permitam também ver “ao longe”.
FEL: Artur Pereira da Silva
Como se não bastasse ter-se “atirado” à “prioridade de um carro novo para ir ver as obras”, o novo – nas funções de presidente da junta – agora dá o dito por não dito. Na campanha eleitoral prometeu lutar para que as freguesias agregadas (Bitarães, Vila Cova de Carros, Gondalães, Madalena, Besteiros e Mouriz) voltassem ao seu estado originário. Agora, que o Governo do PS, o governo do seu partido, propõe reverter a situação, Artur Pereira diz que não, que está tudo bem assim. Enganou-se ou enganou os eleitores.
E o PS que tinha gente como o Vitor Nogueira ou o João Almeida, ambos militantes e ex-presidentes de junta, ainda novos e com tão boas provas dadas!
Escolhas destas só acontecem quando o partido não manda nas escolhas que faz.