Em Portalegre, onde se celebrou oficialmente, o orador de serviço fez-se pessoa comum e disse o que achava que todos gostariam de ouvir. João Miguel Tavares atirou-se à corrupção como se só ele se apercebesse disso, à falta de esperança como se houvesse à farta no mercado e a pedir ao Estado o que ele acha que deve ser a iniciativa privada a dar. É bonito ver um liberal a exigir mais estado. Ou é feio?
O discurso? Nem bom nem mau. Discurso de “um conservador incoerente com frases de demagogo”, diria Antero de Quental.
Já em Cabo Verde, esta coisa de o Dia de Portugal se celebrar numa ex-colónia tem algo que não entendemos bem, o mesmo orador deixou à rasca os dois presidentes das respetivas repúblicas. Os portugueses, quando falam de colonialismo e de racismo acabam sempre a meter os pés pelas mãos. Não fomos nem melhores colonizadores nem menos racistas que os outros. Dizer o contrário é meter açúcar no sal.
Enquanto isto, a PJ continua à procura de corrupção. Desta vez “varreu” 18 autarquias. Resta saber se encontrou o que procurava ou se já tudo tinha sido varrido para debaixo do tapete. Quando são tantos estes títulos estridentes na comunicação social acabamos por já nem reparar neles. Sobretudo porque raramente a justiça acaba por se fazer. Mau, muito mau.
Cá, pela região, os autarcas usam as redes sociais como quem acaba de descobrir a pólvora. As fotografias, quase sempre dos próprios, ocupam o lugar das obras que não fazem e que prometeram em campanhas eleitorais. Em vez de baixar o preço da água celebram o dia dos bombeiros ou em vez de ampliarem a rede de saneamento básico fazem o que já está feito e acrescentam umas rotundas para fazer de conta que fizeram algo mais. Nós sabemos que não é bem a mesma coisa, mas como o autarca até é do nosso partido, ficamos à espera que a coisa melhore. E se não é também não adianta contestá-lo. As eleições foram há menos de dois anos. Ainda não teve tempo para cometer muitos erros, apesar do número elevado dos que já lhe apontam alguns.
E vivam os santos populares. Umas bifanas, sardinhas das gordas e qualquer tinto manhoso acabam por nos contentar. Afinal, para quem é, bacalhau basta- pensarão eles.
MEL
Celebração do Dia do Bombeiro
Parece-nos boa a ideia de recuperar o dia do bombeiro no concelho de Paredes. Embora façamos parte do grupo dos que acham é preciso aumentar o número de profissionais para dar mais eficácia aos voluntários, valorizamos os bombeiros sobretudo pelo que representam para as populações que servem e para a preservação das identidades locais.
FEL
Assembleia geral do U.S.C. Paredes
Saúda-se o hábito interrompido depois de 2010 de levar as contas às assembleias gerais. Seja em forma de direção ou de Comissão de Gestão, quem dirige deve apresentar sempre as contas aos sócios. Para o bem e para o mal.
Pelo contrário, não se percebe como é que a assembleia Geral do U.S.C. Paredes precisa de tomar conhecimento da extinção daquilo que nunca criou. Se não houve conhecimento da criação para quê dar conhecimento da extinção? Talvez se perceba. O U.S.C Paredes II nunca existiu no clube. Foi uma fraude inventada por compadres que sempre estiveram do lado dos que receberam do União e se faziam passar por seus salvadores.
Valha-nos que com todos estes “fenómenos do Entroncamento” o clube parece regressar a alguma normalidade que sempre se saúda.
Estão de parabéns os dirigentes que nos últimos dois anos se encarregaram de devolver a legalidade e a dignidade ao clube. Desde que não caiam no conto do vigário da malfadada “SAD”.
Para merecerem o nosso estatuto de heróis só lhes falta mandar fazer uma auditoria externa às contas do clube nos últimos 20 anos. Desde a construção dos apartamentos. Isso é que era!