O município de Paços de Ferreira está a trabalhar com várias entidades para que seja instalado no concelho o Centro Tecnológico da Madeira e do Mobiliário que vai contar com profissionais altamente qualificados e se destinará a certificar e atestar a qualidade dos produtos de todo o país e até de empresas espanholas, adiantou o presidente da autarquia na última Assembleia Municipal.
Humberto Brito respondia a questões da bancada do PSD que, mediante informações constantes da informação escrita do autarca, quis saber mais sobre a construção do Centro Tecnológico da Madeira e do Mobiliário. “Sabemos que foi anunciada pelo Ministro da Educação a criação de 365 centro tecnológicos especializados em várias áreas, como a indústria, energias renováveis, digital e informática. Este centro enquadra-se nesta vertente ou é no âmbito de outro projecto?”, perguntou Valentim Sousa.
“O Centro Tecnológico e a Academia são projectos estruturantes da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, são projectos aprovados pela CIM e não são projectos de Paços de Ferreira”, esclareceu o edil pacense. “O Centro Tecnológico da Madeira e do Mobiliário não é para servir as empresas de Paços de Ferreira é para servir o país inteiro e até empresas espanholas que queiram certificar produtos. Tem uma dimensão que ultrapassa a nossa base territorial. Não é para as empresas de Paços de Ferreira exclusivamente”, atestou.
Segundo Humberto Brito, a infra-estrutura servirá para “garantir que possamos dar um salto, um upgrade, na certificação dos produtos, na qualidade dos produtos, para que nos mercados mais exigentes possamos apresentar os produtos produzidos em Portugal com todas as condições”.
O presidente da Câmara de Paços de Ferreira adiantou que o projecto terá financiamento no âmbito do quadro comunitário 2020/2030, mas que tentará que haja verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o concretizar, dada a sua relevância.
“Os projectos estão prontos, estamos a trabalhar conjuntamente com a Associação Empresarial de Paços de Ferreira, com a APIMA – Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins e com a AIMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, com as quais já reuni para garantir que este investimento seja feito no nosso concelho dando resposta ao sector da madeira e mobiliário”, avançou o edil, considerando muito relevante que um centro de competências seja fixado no concelho e traga quadros superiores qualificados. “Estamos a trabalhar nesse sentido”, garantiu.