‘Ver do Bago nos Santos’ é o nome da exposição, que se divide em três ciclos, e que vai estar patente na Igreja dos Capuchos, Penafiel, até ao final de Janeiro do próximo ano, e onde a Rota do Românico é protagonista e coautora desta viagem.
Este ciclo, que agora está patente em Penafiel, celebra “O Vinhos e os Santos”, como forma de “fazer um brinde entre Deus e os homens”, refere a organização.
Assim, quem entra na igreja assiste à celebração da “relação material e simbólica, entre a vinha e a paisagem cultural e humana, dos vales do Sousa, Douro e Tâmega”.
A porta deste templo, que já recebeu o Convento de Santo António dos Capuchos, e que foi edificado em 1664, abre-se a “uma experiência imersiva” que tem como objectivo mostrar como estão “interligados a vinha, o vinho, o território, o divino e as pessoas”.
A organização sublinha que os três ciclos, sendo que o primeiro aconteceu em Baião, pretende dar a conhecer um “território” que pretende ser a “ideia” e a “cultura o instrumento”. Ambos os conceitos completam-se, de forma a que visitantes possam fazer um brinde a toda esta simbologia.
A «Ver do Bago nos Santos’ propõe ainda uma viagem pelas manifestações culturais e artísticas do culto aos Santos e do ciclo do vinho, de forma a “compreender de que forma a sua produção e consumo estão relacionados com a identidade e as celebrações deste território”.
Em Penafiel, é agora possível ver uma instalação criada a partir da projeção de vídeo, sobre um cubo de múltiplas telas, num espaço que pode ser percorrido por cada visitante, de forma a poder experimentar a ‘Regra de São Bento’, que diz que “serão verdadeiramente monges se viverem do trabalho de suas mãos”.
O culto aos Santos, próprio de cada período do ciclo da vitivinicultura perpassa os costumes da região, manifestando-se também nos seus rituais e expressões artísticas. Por isso, pode-se também “observar o ostensório de São Tiago, o Santo que ‘pinta o bago’, durante a fase de amadurecimento do vinho, e cuja importância é também evidenciada pelo relicário do século XVIII, que aqui assume a tipologia de um braço, um objeto de grande carga sagrada por ser o recetáculo de um vestígio corporal do Santo”, esclarece a mesma nota.
As visitas à exposição são gratuitas e podem ser feitas de quinta-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
O último ciclo da mostra é apresentado depois, no Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, e onde estará patente de Fevereiro a Junho do próximo ano.