“A capacidade de se colocar no lugar do outro para ser possível termos sempre uma resposta melhor” é a chave do sucesso para a humanização dos cuidados de saúde nas unidades hospitalares. As palavras foram de Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), durante umas jornadas, que decorreram esta quinta-feira, no Hospital Padre Américo, e que pretenderam reflectir sobre esta temática, ao permitir ainda uma “troca de experiências” entre profissionais.
No encontro, o enfermeiro director, exaltou que “a humanização é o reflexo do que somos e o que fazemos”, é “o agir coletivo de pessoas que trabalham para o mesmo objetivo”, relatou, em comunicado, a Comissão de Humanização do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, que teve a responsabilidade de organizar este evento.
José Ribeiro, referia-se aos vários projectos em curso e que foram apresentados pelos profissionais daquela estrutura, que visam “aliar a competência técnica à humanização dos cuidados.
O encontro – Humanização no CHTS – serviu também para homenagear os profissionais daquela estrutura pela sua “dedicação e resiliência em tempos de pandemia”.
A propósito, a organização ofereceu dois acrílicos, às duas unidades de saúde, realizados por um aluno da Escola Secundária de Penafiel. Paula Guimarães, presidente da Comissão de Humanização, explicou que estes presentes não pretendem ser “um mural, nem são aplausos, mas têm o mesmo significado”, mas são “o reconhecimento pela entrega, resiliência, coragem e empenho de todos”, e que foi essencial “um momento tão difícil na vida deste centro hospitalar”.
As jornadas incluíram ainda a apresentação de resultados e o impacto nos utentes dos projectos de humanização implementados no CHTS, nomeadamente “a Clínica APIC e Humanização no processo de gestão e prevenção de quedas de doentes em ambiente”.
Seguiu-se a conferência de António Sarmento, Professor da Faculdade de Medicina do Porto e director do Serviço de Doenças Infecciosas do Centro Hospitalar Universitário de São João, sobre o tema “A Sociedade Portuguesa em Resposta à Pandemia”.
A segunda mesa, foi dedicada ao contributo da transformação digital para a Humanização, onde foram destacados os projetos de tele-consulta e de vídeo-chamadas, na ‘Unidade de AVC’.
Teve ainda lugar a conferência de André Salgado Bastos, gestor de portfólio de Saúde e Ciências da Vida da WINNING Scientific Management, que gere vários projetos, com destaque em consultoria de serviços públicos.
Luís Goes Pinheiro, presidente do conselho de administração da empresa Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) fez também parte desta mesa, participando por videoconferência.
“Humanização: uma nova forma de gerir com ganhos em saúde”, por José Fonseca Pires, professor e responsável de área de Comportamento Humano na Organização na AESE Business School e um dos autores do livro “Sonhando com um Hospital Otimista”, fez o encerramento dos trabalhos.