Entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro, foram registados, no concelho de Penafiel, 412 incêndios rurais que provocaram uma área ardida de 933 hectares. Este concelho, lidera a lista dos 20 concelhos que apresentam maior número de incêndios a nível nacional, revela o mais recente relatório do Instituto da Conservação da Natureza de das Florestas (ICNF).
No segundo lugar da lista está Paredes, com 219 incêndios rurais registados e uma área ardida de 355 hectares. Em Paços de Ferreira, arderam desde o início do ano 191 hectares e houve 112 incêndios.
Entre estes 20 concelhos, que “representam 34% do número total de ocorrências e 16% da área total ardida” do país, estão sete municípios do Tâmega e Sousa. Além de Penafiel e Paços de Ferreira, constam os concelhos de Amarante, Marco de Canaveses, Baião, Felgueiras e Cinfães (ver tabela), revela o 7.º Relatório Provisório de Incêndios Rurais de 2022.
Segundo o documento, até 30 de Setembro foram registados 10.168 incêndios rurais em Portugal, que resultaram em 109.514 hectares de área ardida. “Comparando os valores do ano de 2022 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 27% de incêndios rurais e mais 15% de área ardida relativamente à média anual do período. O ano de 2022 apresenta, até ao dia 30 de setembro, o 5.º valor menos elevado em número de incêndios e o 5.º valor mais elevado de área ardida, desde 2012”, lê-se. 82% dos fogos têm uma área ardida inferior a um hectare. Porto (2.452), Braga (1.136) e Vila Real (849) são os distritos mais afectados em termos de número de incêndios. Já no que concerne à área ardida, são Vila Real, com 25.384 hectares, Guarda, com 25.378 hectares, e Leiria, com 10.631 hectares.
De acordo com o ICNF, do total de 10.168 incêndios rurais verificados no ano de 2022, 9.041 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído (89% do número total de incêndios e responsáveis por 96% da área total ardida). “Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 5.731 incêndios (63% dos incêndios investigados, responsáveis por 87% da área total ardida)”, sendo que as causas mais frequentes em 2022 são o incendiarismo – imputáveis (27%) e queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (19%).