No próximo dia 16 de Novembro, a Casa do Luro, em Valpedre (Penafiel), vai receber um evento solidário da Inclusão Sobre Rodas Associação, cujas receitas revertem totalmente para a angariação de uma carrinha adaptada.
Esta não é a primeira iniciativa solidária que esta associação organiza, sempre com o mesmo objectivo. A carrinha adaptada pretende dar a possibilidade às pessoas com mobilidade reduzida do concelho de Penafiel de saírem de casa, “tentar dar um bocadinho de ânimo para sobreviverem melhor”, sublinha Deolinda Soares, mentora da associação. Entre várias actividades, a viatura poderá servir, por exemplo, para levá-los ao teatro, realizar “um convívio entre todos”.
Este evento, com início pelas 20h30, vai contar com rancho e teatro, a cargo do Diamantes – Clube de Teatro de Oldrões. A entrada terá um custo de 10 euros (crianças até aos 12 anos não pagam) e os petiscos presentes terão um custo simbólico, sendo preparados por “pessoas da terra que estão a ajudar esta associação”. “O que estamos a tentar fazer, no fundo, é receber a força que nós precisamos. É todos juntos por uma causa”, sublinha ao Verdadeiro Olhar.
Deolinda Soares indica que têm chegado a esta associação, criada há uns meses, vários pedidos de ajuda, relativos a cadeiras de rodas e camas articuladas. “O máximo que podemos fazer até hoje é emprestar as nossas próprias cadeiras mais antigas ou as que fazem menos falta. Temos de crescer muito mais para atingir esses objectivos”, sublinha.
Esta instituição sem fins lucrativos pretende promover a inclusão das pessoas com deficiência na comunidade e melhorar a sua qualidade de vida, potenciando as suas capacidades e sensibilização na sociedade para a igualdade de oportunidades.
Em cooperação com as várias entidades públicas e privadas, quer prestar às pessoas com mobilidade reduzida, famílias e comunidade em geral, uma informação acessível sobre os direitos, benefícios e recursos existentes, através da promoção de encontros de informação, sensibilização e reflexão, bem como, organização e participação em diferentes tipo de actividades junto à comunidade.
“Vamos em frente e vamos lutar porque, no fundo, não temos nada a perder, o que temos a perder já perdemos tudo. Por isso, há que lutar para chegar a outras pessoas e dar algum ânimo, tentar chegar a cada um, cara a cara, olhos nos olhos e dizer qual é o nosso objectivo para essas pessoas”, refere Deolinda Soares.
Conta que, depois de estar à espera que alguém viesse ter com ela e a tirasse de casa, chegou a uma altura em que teve “um clique”. Informou-se e procurou reunir mais pessoas com mobilidade reduzida e chegou, inicialmente, a um grupo com 16 pessoas. Seguidamente, formou a associação, mas refere que há sempre alguma dificuldade em conseguirem deslocar-se todos às reuniões.