Na base desse desenvolvimento, voluntária ou involuntariamente, acabou por surgir um importante contributo para o movimento: qual?
A tomada, agora, de uma posição isolada dos presidentes da Câmara de Valongo e da junta da União de freguesias de Campo e Sobrado a defender a realização de um referendo local sobre o assunto.
Sou Vereador da Câmara de Valongo e posso garantir que a posição do presidente não é em nome da Câmara. E não é em nome da Câmara porquê?!!!
Quantos é que já estavam convencidos de que não havia nada a fazer, porque para a asneira que fez o governo anterior já não havia remédio?
Quantos é que não ouviram dizer que não adiantava fazer nada, porque já estava tudo previsto para que fosse resolvido?
Quantos é que não ouviram dizer, que o presidente disse que o primeiro-ministro já tinha dito isto e aquilo e que, por isso, não valia a pena, e mais valia estar quietos e calados?
Quem é que não ouviu dizer que não valia a pena porque ia ser apresentado na Assembleia de freguesia e Assembleia Municipal uma moção e o problema ficava logo resolvido?
Depois de tantas informações de que não adiantava fazer nada e de que já estava tudo resolvido, aparecem agora os presidentes a dizer que querem um referendo para saber o que pensa a população.
Se estava tudo resolvido, e se o primeiro-ministro já tinha dito isto e aquilo e que não adiantava fazer nada, a proposta de um referendo local, agora surgida, vem desmentir tudo aquilo que em surdina era espalhado e de que há ainda um longo e importante caminho a percorrer.
Só que é pena é que o presidente da Câmara de Valongo e o presidente da junta de Campo e Sobrado ainda precisem de um referendo para saber se a população quer ou não quer a separação das freguesias. Ainda não sabem? Ainda estão assim tão atrasados sobre o conhecimento do sentimento da população? Fantástico!
Será que estes digníssimos representantes da população querem ignorar as posições da Assembleia Municipal e da Assembleia de Freguesia que tantas vezes se pronunciaram contra esta barbaridade de acabar com a identidade das freguesias de Campo e Sobrado, assumindo eles o mesmo papel que o governo anterior que ignorou tudo e todos?
Com o importante movimento da população que se está a verificar, até se ficou a saber pelo jornal o que ninguém por cá sabia: é que a junta de freguesia, ao fim de quase 3 anos, acabou por querer «dizer» que também queria «dizer».
Existe em formação um movimento na população destas freguesias, a reivindicar que o próximo acto eleitoral para as autárquicas, em 2017, se realize já com as freguesias de Campo e Sobrado separadas e independentes.
Porque esse movimento precisa do apoio de todos quantos o queiram apoiar, desde os seus primeiros passos, passou a contar com o meu apoio.
Se já existe um projecto de Lei na Assembleia da República, que a ser aprovado, implicitamente coloca Campo e Sobrado como freguesias independentes, é preciso que esse projecto de Lei tenha pernas para andar.
A quem quer que Campo e Sobrado sejam de novo freguesias independentes só resta uma alternativa: é dar força ao movimento, para que seja possível dar a volta à situação.