Os deputados da Assembleia da República do PCP visitaram hoje, no âmbito das Jornadas Parlamentares do distrito do Porto, a Escola Secundária de Ermesinde, constatando, uma vez mais, as más condições do edificado e a necessidade de ser dotada de um conjunto de meios humanos e técnicos. Estas questões serão alvo de perguntas ao Ministério da Educação.
Paula Santos, vice-presidente da bancada parlamentar do PCP, à saída da visita ao estabelecimento escolar e após a reunião com o director da escola, Álvaro Pereira, explicou que “esta é uma escola há muito acompanhada pelo PCP”, nomeadamente no que à necessidade de requalificação diz respeito, no sentido de “um melhor desenvolvimento de currículos”. Paula Santos explicou ainda que esta “é uma escola que precisa de uma intervenção para melhorar o edificado e de ser dotada de um conjunto de meios humanos e técnicos, bem como do reforço de pessoas para trabalhar com crianças com necessidades educativas especiais”. “Estes são problemas que vêm de trás e que precisam de ser resolvidos”, disse, sublinhando que o PCP “vai dar voz” aos problemas na Assembleia da República.
Também a nível parlamentar serão pedidos mais pormenores sobre o projecto que se pretende implementar na requalificação da Escola Secundária de Ermesinde, com o investimento de 3,9 milhões de euros, 85 por cento dos quais provenientes do quadro comunitário Portugal 2020. Os restantes 15 por cento serão comparticipados, em partes iguais, pelo Ministério da Educação e pela Câmara Municipal de Valongo. Como publicado, o presidente da Câmara Municipal, em reunião com o ministro da Educação, acordou que o Município comparticipe com 7,5 por cento do investimento, divido em dois orçamentos municipais, garantindo a inscrição das escolas secundárias de Ermesinde e de Valongo na lista dos estabelecimentos escolares a serem requalificados no âmbito do Portugal 2020. Apesar das notícias, explica Paula Santos, o director da Escola Secundária de Ermesinde “não tem informações oficiais sobre o projecto que estará previsto”. Facto que para o PCP levanta dúvidas e como tal será pedido “mais esclarecimentos sobre a requalificação”. “O Governo não se pode desresponsabilizar da escola pública”, acrescentou.