O coletivo feminino ‘Sopa de Pedra’ vai subir à Torre dos Alcoforados, em Lordelo, Paredes, no próximo domingo, 7 de agosto, pelas 21h30, para um concerto promovido pela Rota do Românico.
As ‘Sopa de Pedra’ são um grupo do Porto, de investigação musical, composto por dez mulheres. Por meio de arranjos polifónicos de música tradicional portuguesa, interpretados “à capela”, exploram a riqueza do legado tradicional, remetendo-o para o contexto da música do mundo atual, refere a organização, em comunicado.
Tal como no conto popular que lhes dá nome, as ‘Sopa de Pedra’ apresentam-se em diferentes formatos.
O repertório inclui música de transmissão oral, como os cânticos mirandeses de Trás-os-Montes, baladas açorianas, cantigas de adufeiras da Beira Baixa, Cante alentejano, bem como repertório de Zeca Afonso, Amélia Muge, João Lóio, entre outros.
Em 2017, lançaram na Casa da Música, no Porto, o seu primeiro álbum ‘Ao longe’, que esgotou num ano.
Têm marcado presença em diversos concertos e discos de artistas, como Ana Moura, Manel Cruz, Júlio Pereira, Retimbrar, Amélia Muge, Aurélien Claranbaux, Zlabya e compuseram bandas sonoras para filmes de Clara Pais & Daniel Fawcett e Artur Campos.
Entre os espetáculos realizados destacam-se, em Fevereiro último, a participação no concerto de abertura da La saison France/Portugal no Théâtre de la Ville, em Paris, França, na Expo Dubai2020, no concerto de abertura do Womex2021, no Porto. Antes, já tinham actuado nos festivais Músicas do Mundo, em Sines, no Bons Sons (Cem Soldos), da Antena 2, em Lisboa, no Small is Beautiful e Boulegan a l’Ostal, ambos em França, no Primavera Sound, no Porto, e no Espetáculo Viva Voz, em Lisboa, enumera a organização.
Em Junho último, lançaram o segundo álbum ‘Do claro ao Breu’, desta vez em vinil e com repertório original.
O concerto das ‘Sopa de Pedra’ é uma das últimas ações do projeto “Ver do Bago, um Brinde entre Deus e os Homens”, iniciado em maio de 2021, pela Rota do Românico, e que propôs um ciclo de três exposições em torno da relação material e simbólica entre a vinha e a paisagem cultural e humana dos vales do Sousa, Douro e Tâmega.
Recorde-se que, o ciclo se iniciou nos mosteiros, em Ancede, Baião, e seguiu depois, em Setembro, para os Santos, na Igreja dos Capuchos, em Penafiel.
O Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, recebeu, entre 25 de Fevereiro e 26 de Junho, de 2022, a última exposição do ciclo: Ver do Bago no Sangue.
Para além das exposições, este projecto incluiu ainda outras actividades culturais, de carácter original, como a performance ‘Di’Vine’, o espetáculo musical itinerante ‘Inventar-se de Gente’ e o ‘Festival Ver do Bago’.
Todas estas iniciativas estão enquadradas na operação ‘O Vinho, a Arte e os Homens’, co-financiada pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, o FEDER.