O CDS aproveitou a última Assembleia Municipal de Paredes para apresentar uma moção que recomendava à Câmara Municipal a aplicação das taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) com descontos para famílias no concelho. O partido pedia uma dedução fixa de 20 euros para os agregados familiares com um dependente; dedução fixa de 40 euros para os agregados familiares com dois dependentes e desconto de 70 euros para famílias com três ou mais filhos, explicou Ana Raquel Coelho.
O documento não foi aprovado e o presidente da Câmara acusou o partido de andar “distraído” e estar a propor o que já existe. “Se fossem ver a proposta de orçamento do ano passado viam que aquilo que estão a propor já existe. Lá já diz que quem recuperar um edifício em ruínas tem direito a 30% de desconto no IMI e que para agregados com dois descendentes há desconto de 40 euros e com três ou mais um desconto de 70 euros. E vai-se manter para o ano”, sustentou Alexandre Almeida.
A eleita do CDS também questionou qual o ponto de situação da tarifa social da água no concelho. “Está a ser aplicada e qual o número de famílias beneficiárias?”, perguntou. “É agradável ver na comunicação social que o município vai aderir à tarifa social da água, mas é muito menos bonito constatar, através de documentos públicos, que o município de Paredes não aderiu ao tarifário social. Mentiu?”, atirou ainda.
Alexandre Almeida disse que a questão da tarifa social da água entronca na negociação que está a decorrer com a Águas de Paredes, que está neste momento na ERSAR. A tarifa será aplicada quando a entidade reguladora der “provimento à questão”. “Mas quase todas as reuniões de câmara temos apoios sociais para quem tem dificuldades no pagamento da água ou nos resíduos sólidos urbanos”, lembrou o autarca.