Em 2020, a Câmara de Paredes foi uma das 46 no país que baixou a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis. Dessas, 40 autarquias assistiram a uma “consequente diminuição do valor total cobrado”.
Paredes consta desta lista de “municípios que, tendo decidido reduzir a taxa do IMI, apresentaram diminuição global desta receita em 2020”, atesta o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses. A variação negativa de receita nessas 40 autarquias foi de “-1,2% a -29,2%”.
A Câmara de Paredes é a quinta com “maior variação”, -9,2% de receita. Passou de cerca de 7,6 milhões de euros (7 583 915) em 2019 para 6,9 milhões de euros (6 887 980) em 2020, menos 695.935 euros. O município ficou ainda em sétimo na lista de 35 autarquias com “maior diminuição da colecta de IMI em 2020”.
Olhando aos últimos anos, Paredes arrecadou mais de 7,6 milhões de euros de IMI em 2017, mais de 7,9 milhões em 2018, cerca de 7,6 milhões em 2019 e 6,9 milhões em 2020. O pico de receita aconteceu em 2016, com mais de nove milhões de euros angariados pelo município.
Já na lista dos 35 municípios “com maior aumento da colecta de IMI em 2020” está Penafiel. A Câmara surge no 23.º lugar com quase 5,9 milhões de euros angariados, mais cerca de 254 mil euros (253.717) que no ano anterior. Nos últimos anos, a autarquia foi sofrendo um aumento generalizado da receita angariada. Em 2017 foi de cerca de 5,2 milhões de euros, em 2018 quase 5,6 milhões, em 2019 mais de 5,6 milhões e, em 2020, os já mencionados quase 5,9 milhões de euros.
No que toca ainda a impostos, as Câmaras de Valongo e Paredes surgem na lista das que tiveram maior receita de IUC – Imposto Único de Circulação cobrada no ano passado.
Valongo está na posição 31 com 2,2 milhões de euros de receita (2 194 992), enquanto Paredes está no lugar 33 com 2,1 milhões (2 146 038). A lista é encabeçada pelo município de Lisboa com mais de 19 milhões de euros de receita e o Porto surge na sexta posição com 6,6 milhões de euros.
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses é um documento que apresenta uma análise económica e financeira das contas dos 308 municípios, anualmente. Este relatório é relativo ao exercício económico de 2020. O documento, que vai na 17.ª edição, resulta de um trabalho em equipa que envolve dois centros de investigação onde estão integrados os autores: o Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade (CICF) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e o Centro de Investigação em Ciência Política (CICP) da Universidade do Minho.