Primeiro, tornar o concelho de Paredes conhecido como o Centro Empresarial da Área Metropolitano do Porto. Paredes terá que ser reconhecida como tal. É necessário reunificar o concelho. Qualquer empresa, qualquer lugar, qualquer cidade ou vila, qualquer freguesia do concelho sairá valorizada no futuro se for reconhecida como pertencendo a Paredes porque Paredes valerá só por si. Não precisamos de nos escondermos por trás de qualquer outro slogan. Poucos reconhecerão a “Rota dos Móveis” como pertencendo a Paredes. Foi uma aposta tentada mas de resultado pouco feliz.
Segundo, há que corrigir os erros de construção e manutenção dos megalómanos Agrupamentos Escolares. Há que criar recreios adequados e protegidos para as crianças, há que criar as estruturas que os professores e alunos dizem necessitar e que não existem. Há que criar condições para amenizar o ambiente. Se for necessário abrir janelas, abrir-se-ão. Se for necessário substituir estruturas inadequadas terá que ser feito. Tudo será equacionado em aberto diálogo com arquitetos, construtores, direções, professores e pais, mas o debate terá que ter como foco principal os alunos e as suas condições de habitabilidade e conforto.
Em terceiro lugar será uma prioridade a reordenação das políticas do apoio social. Temos muitas e boas instituições de solidariedade social no concelho e todas sem exceção são importantes. Não há umas mais importantes do que as outras. Há que reunir esforços e trabalharmos todos no mesmo sentido e com um foco apenas, os que mais necessitam. A Rede Social terá que ser reabilitada e mais eficaz. O papel da Câmara Municipal deve ser o de definir estratégias, prioridades, reunir os recursos, facilitar e coordenar a distribuição de responsabilidades e avaliar os resultados. Compete às instituições de solidariedade social operacionalizar a sua aplicação. Há que ser mais eficiente, mais abrangente, mais equitativo, menos tendencioso. A fome não tem idade, nem sexo, nem credo, nem partido, nem vencidos e muito menos vencedores. Há que deixar de proteger protagonismos bacocos ou clientelismos oportunistas.
São medidas que parecem muito simples mas na realidade serão difíceis e complexas. Muita da sua complexidade advém dos vícios instituídos ou, como alguém disse em tempos, da “tradição” porque sempre se fez assim. Há que romper com os erros da tradição, romper com a continuidade, romper com o que está mal feito e começar de novo. E para inovar tem que se ser diferente e ter ideias diferentes. Não há progresso sem mudança. Se em nome da tradição vencer a continuidade, tudo ficará na mesma.