Verdadeiro Olhar

Pandemia trouxe mudanças ao nível da segurança dos doentes que “vieram para ficar”

A pandemia, onde as áreas da qualidade e segurança do doente foram postas à prova em todo o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e no CHTS”, trouxe “várias transformações que vieram para ficar”.

A afirmação foi do presidente do Conselho de Administração, durante a segunda edição das Jornadas de Gestão de Risco Hospitalar do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, que decorrem sexta-feira, e que juntaram 400 profissionais, cerca de 60 presenciais e as restantes on line, de todo o país, assim como das ilhas, Brasil e Angola.

Carlos Alberto reconheceu que “não foram tempos fáceis”, mas conseguiu-se alterar e melhorar a segurança do doente, que é uma prioridade ao nível dos cuidados de saúde.

Além disso, considerou, “esta é uma das áreas mais difíceis, pois é uma área transversal que envolve vários grupos profissionais o que, por vezes, dificulta a articulação”.

Organizadas pelo Gabinete de Gestão de Risco Hospitalar do CHTS, as jornadas tiveram como objectivo reflectir e promover “a melhoria da atividade assistencial”, promovendo a literacia em saúde, segurança do profissional e do doente.

Luciana Guimarães, coordenadora do gabinete, relembrou a importância de “prevenir a ocorrência para garantir a qualidade em saúde”.

Outro dos palestrantes, José Ribeiro, enfermeiro diretor, referindo-se aos 73 anos da Declaração dos Direitos Humanos, que sublinha que todas as pessoas, têm “o direito de proteger e o direito de ser protegidos, é preciso um agir coletivo para a qualidade dos cuidados”.

“Já não há só necessidades, mas expectativas. As pessoas esperam mais de nós. Importa delinear novas ações para a melhoria da qualidade. Não podemos ter qualidade sem ter segurança e este é o ponto de partida para a reflexão que vamos fazer hoje”, concluiu o enfermeiro diretor.

 A importância da notificação para implementar medidas corretivas foi também evidenciada pela diretora clínica, nomeadamente “dar segurança aos notificadores para que se sintam protegidos na sinalização de ocorrências”.

Apesar do trabalho que ainda é preciso fazer, Filipa Carneiro destacou os bons resultados já conseguidos e que contribuem para os objetivos do Plano Nacional nesta área.