Verdadeiro Olhar

‘Palco’ da Rota do Românico recebeu 250 eventos culturais nos últimos dois anos

Foram 250 eventos culturais que a Rota do Românico organizou ou apoiou nos últimos dois anos, tendo conseguido mais de 45 mil espectadores.

Desde a música ao teatro, passando pela dança, circo contemporâneo, literatura, fotografia, exposições e visitas guiadas ficcionadas, foram inúmeras as “expressões artísticas” que subiram a vários palcos da região, e que envolveram pessoas de todas as idades e públicos, refere a Rota, em comunicado.

Oitenta eventos, que corresponde a 30% da programação, foram dinamizados por esta estrutura que destaca, na mesma nota, o projecto ‘Ver de Bago’. Já o ciclo de três exposições temáticas, que teve como cenários a Igreja dos Capuchos, em Penafiel, o Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, e o Mosteiro de Ancede, em Baião, “celebrou a relação material e simbólica entre a vinha e a paisagem cultural e humana do território” da região.

Todo este programa foi ainda valorizado com outras iniciativas artísticas complementares, onde se destaca o ‘Festival Ver de Bago’ que “reuniu no parque da Torre de Vilar, em Lousada, quase “200 intérpretes e mais de 500 espectadores”, especifica a Rota, acrescentando que, “cerca de 42%” dos espectáculos aconteceram nos equipamentos daquela organização e os restantes subiram ao palco de espaços do Sousa, Douro e Tâmega.

Ainda no que concerne à organização, metade dos eventos contou com o apoio de outras entidades da região. No caso do Festival Inventa, contou com também com a chancela da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, a Associação de Municípios do Douro e Tâmega e os Municípios de Cabeceiras de Basto, Mondim de Basto e Penafiel, abrangendo “14 actividades programáticas nucleares, conectadas entre si e descentralizadas pelos 14 municípios parceiros da rede”, sublinha a Rota.

O ciclo de concertos “Requiem, de Mozart”, com 120 intérpretes em palco, pela Banda de Música da ACML, os coros Feminino CVS, o Audivi Vocem e Vocal Art Ensemble), assim como os espetáculos “Pedras de memória” e “Seis conselhos para um rio”, pela Jangada Teatro e Teatro do Montemuro, e, ainda, os recitais de poesia e música protagonizados por Fernando Soares são algumas das organizações destacadas, dando ênfase ao “envolvimento de artistas locais, amadores e profissionais”.

O projecto ‘Cuidadores do património da Rota do Românico’ também merece ser distinguido pela Rota pelo seu “carácter inédito”. Uma exposição fotográfica itinerante e um livro, da autoria de Luís Barbosa, foram algumas das materializações deste mesmo evento.

Para além destas organizações, a estrutura deu ainda apoio logístico e de comunicação a mais de “quatro dezenas de outros eventos, promovidos por instituições da região”, lê-se no comunicado.

No que diz respeito a financiamento, a maioria dos espectáculos, 82% foi co-financiado por fundos comunitários, no âmbito quadro do Norte 2020, Portugal 2020 e a União Europeia, através das operações “EEC PROVERE Turismo para Todos: Valorização, dinamização e promoção turística da região: Ação 3 – Rota do Românico”, “O Vinho, a Arte e os Homens”, “Cultura em Rede” e “Escrita em Cena”. Já a “Heritage Carers”, Cuidadores do Património, foi co-financiada pelo Conselho da Europa e pela Comissão Europeia.

Assim, estes 250 eventos, promovidos entre 2021 e 2022 pretenderam dar “continuidade aos 300 realizados até 2020”, traduzindo-se no “reforço da dinamização do turismo cultural”, assim como na “descentralização da oferta cultural” e “a formação de novos públicos”, porque se pretende “o envolvimento das comunidades” e “a sensibilização e educação para o património”.

A Rota do Românico é um projecto turístico-cultural, que reúne, actualmente, 58 monumentos e dois centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega (Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende).

As principais áreas de intervenção da Rota do Românico abrangem a investigação científica, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.