Verdadeiro Olhar

Pai Natal e duendes andam numa azáfama para responderem às cartas de 3000 crianças de Paredes. Amor e saúde foram alguns dos pedidos

Foto: Freepik (DR)

Anda tudo numa azáfama na Lapónia. Há papéis, laços, caixas e brinquedos por todo o lado. A ordem é para levar presentes a todas as crianças do mundo, mas não só. Há que responder às 3000 cartas dos meninos e meninas de Paredes que, nas últimas semanas, foram deixadas nos marcos do correio do município.

E é possível imaginar que o mítico velhinho das barbas brancas e os seus duendes não têm tempo a perder, até porque amanhã, todos os presentes têm que chegar às chaminés das mais de 500 milhões de crianças de todo o mundo. A Portugal, o Pai Natal deve chegar na madrugada de quarta-feira, 25 de dezembro, segundo o ‘Santa Tracker’, aplicação que, todos os anos, monitoriza a viagem das renas, desde o Pólo Norte a todos os lugares do mundo. Ninguém vai ficar de fora e o VERDADEIRO OLHAR sabe que as crianças de Paredes vão ser uma prioridade.

E numa altura tão repleta de emoções, é verdade que dificilmente se encontra a felicidade no coração de quem não tem saúde, de quem perdeu o pai, a mãe ou os avós. Mas o Pai Natal, os duendes e as renas, que trabalham em equipa, conseguem acender as luzes num túnel que, demasiadas vezes, parece escuro e sem fim à vista. A magia vem da Lapónia e chega num saco repleto de lenços que secam lágrimas em deixam sorrisos.

Beatriz Meireles, vereadora da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Paredes

Mas voltemos a Paredes. O João pediu saúde para o avô, o Martim quer uma trotinete, o Gonçalo deseja um comboio e a Maria quer uma boneca. São muitos os desejos! Beatriz Meireles, vereadora da Cultura e Turismo da Câmara Municipal local, contou ao VERDADEIRO OLHAR que ficou enternecida com o facto de as cartas conterem pedidos que vão muito além dos brinquedos ou jogos. “Muitas crianças pediram saúde e amor”, o que demonstra “que esta quadra é, cada vez mais, uma altura de união, de troca e partilhas”, sentimentos que abraçam todos, desde os mais pequenos aos mais velhos.

A iniciativa de escrever cartas ao Pai Natal tem quatro anos em Paredes, “surgiu aquando a pandemia” de forma envergonhada, recordou Beatriz Meireles, explicando que a ideia passava por “transmitir ao valores associados ao Natal”. O município pretendia também que os pedidos não se limitassem aos presentes”. E a verdade é que esta intenção foi conseguida, porque o número de missivas entregues tem aumentado, sendo que este ano superou todas as expetativas ao chegar às 3000. E desengane-se quem pensa que as cartas são apenas de crianças de Paredes, porque há muitas, de outros municípios, que vêm visitar a ‘vila natal’ criada pela autarquia e deixam a sua carta. O Pai Natal só não está a conseguir entregar respostas a quem se esqueceu de colocar morada.

Este ano, a Câmara optou ainda por descentralizar a ideia e colocou marcos de correio nas freguesias, de forma a “chegar a todas as crianças”, explicou ainda a vereadora, elencando que o somatório de todas estas inicativas preparadas pela edilidade têm resultado em “bons momentos de partilha e de magia”.

O VERDADEIRO OLHAR saber que hoje os duendes e o Pai Natal continuam a responder aos meninos e meninas de Paredes e a embrulhar todos os presentes. Amanhã bem cedo, vão carregar o trenó que tem partida marcada da Lapónia. As renas ainda descansam, porque têm que estar preparadas para a mais longa viagem do ano, altura em que transportam os desejos dos meninas e meninas de todo o mundo. Levam ainda um saco gigante, o maior de todos, cheio de amor, saúde e união que serão entregues em todos os corações.