A Câmara de Paços de Ferreira disponibilizou, esta semana, à Administração Regional de Saúde do Norte, a Equipa Multidisciplinar de Acompanhamento (EMA) criada pela autarquia para realizar inquéritos epidemiológicos no concelho e aliviar os serviços de saúde.
Segundo o município, a meta é que ajudar outras Unidades de Saúde Pública (USP) do país “que possam estar a ter algumas dificuldades em gerir a sua situação no momento presente”.
A mesma fonte avança que foram ainda disponibilizados técnicos da autarquia para formar e dar ferramentas a outros, além do sistema criado e da equipa dos colaboradores da Câmara Municipal de Paços de Ferreira.
O presidente da Câmara de Paços de Ferreira, citado em nota de imprensa, lamenta que, no ano passado, com um pico de casos, não tenha havido a mesma solidariedade para com o concelho. “Paços de Ferreira necessitava deste tipo de solidariedade que teria dado algumas vantagens quando nós estivemos no epicentro da pandemia. Esta disponibilização segue juntamente, apenas e só, com a humildade de quem já viveu situações que não quer que outros as vivam”, refere Humberto Brito.
Recorde-se que a EMA foi criada em Novembro, primeiro para efectuar o contacto a casos positivos, para recolha de informação e necessidades, já que não havia capacidade de resposta das unidades de saúde face ao elevado número de infectados. “Com o sistema informático que o Município de Paços de Ferreira desenvolveu e implementou, foi possível entrar em contacto com casos mais antigos e progressivamente foi possível recuperar o atraso que se verificava”, realça a câmara.
Desde essa altura, já foram contactados por esta equipa pacense mais de 3000 casos positivos, de um total de quase 5000 pessoas acompanhadas até hoje.
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Actualmente, a EMA está a contactar todos os casos positivos que surgem e a efectuar o acompanhamento e vigilância activa dos Contactos de Alto Risco (CAR), tendo neste momento cerca de 300 CAR em vigilância, depois de mais de 100 altas.
“Isto permite que neste concelho, em conjunto com a equipa da USP, todos os inquéritos epidemiológicos sejam feitos no próprio dia, além de que, com o sistema assim implementado garante-se a testagem dos casos necessários nos primeiros três dias de isolamento e, através da parametrização dos telefonemas, a realização entre 7 a 14 chamadas com essas pessoas, acompanhando a sua evolução, ao dia”, lê-se em nota de imprensa.
A Câmara acredita que, também devido a este sistema, tem a menor incidência de casos do distrito.