O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) inaugurou, esta quinta-feira, as novas instalações do Grupo ALP e da empresa Francisco J. Dias, Lda e visitou as obras de construção da nova unidade fabril da A. Pacheco, em Carvalhosa, Paços de Ferreira.
O presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito, agradeceu o esforço e empenho dos empresários de Paços de Ferreira e salientou estar disponível para continuar a promover com os agentes económicos um concelho mais empreendedor e moderno.
“Em 2014 instalamos a primeira unidade produtiva em Portugal dedicada ao fabrico de coberturas, malas e sacos de protecção e transporte, destinados a uso profissional. As matérias base são tecidos resistentes, combinados com espumas de protecção ou placas de madeira para manter formas e garantir robustez. Cada produto é complementado com uma variedade de acessórios consoante o equipamento a que se destina. Tudo é feito por medida e adaptado às necessidades do cliente. São produtos de alta resistência e que já conquistaram a confiança de grandes marcas internacionais do mundo audiovisual”, explicou.
Delfim Alves declarou que em 2015 nasceu em Paços de Ferreira, uma segunda unidade produtiva vocacionada para conceber e produzir Flight Cases, caixas de transporte e protecção de equipamentos, com reforços metálicos e ferragens robustas, para ser usado em ambiente profissional no mundo do espectáculo. Segundo este gerente, este é um produto com elevada especificidade técnica e por isso a concepção é sempre executada com recurso a software 3D.
Em 2018, o grupo ALP concentrou as suas empresas em novas instalações, mantendo a localização em Paços de Ferreira. Ocupa agora uma área global de produção, armazenagem e escritórios de 4.000 metros quadrados.
Falando das novas instalações em Carvalhosa, Delfim Alves sustentou que vão criar 40 postos de trabalho, mas as perspectivas são para que aumentem.
“Embora a evolução recente seja motivo de contentamento, o Grupo ALP nutre a ambição de chegar mais além. Por isso, várias ideias de melhoria e expansão do negócio estão a ser esboçadas e preparadas. Passam por investimentos em áreas como a investigação e desenvolvimento, produção de energia de própria, aperfeiçoamento e controlo dos métodos de produção, sistema de controlo de qualidade e promoção de parcerias com empresas de produtos complementares”, avançou.
“Novas instalações vão criar entre 10 a 12 postos de trabalho”
Rita Pacheco, da empresa APacheco, empresa dedicada ao mobiliário, assumiu que as novas instalações que deverão estar prontas este ou no próximo ano representam uma nova fase na vida da empresa.
“Esperamos inaugurar as novas instalações até ao final do ano. As obras estão a decorrer, mas contamos abrir o mais rapidamente possível. Tivemos apoio dos fundos comunitários”, manifestou, assumindo que quando a unidade estiver a funcionar vão ser criados entre 10 a 12 postos de trabalho.
Rita Pacheco declarou que a empresa está presente em 11 países e a criação da nova unidade é para diversificar e abranger mais países.
A APacheco é uma empresa com base familiar, que nasceu em 1975 num pequeno atelier em Paços de Ferreira. O seu nome original deriva do seu fundador, Augusto Pacheco Meireles, artesão com espírito empreendedor que rapidamente fez com que as suas peças, nos mais diversificados tipos de madeira fossem reconhecidas e alcançassem sucesso.
Neste momento a empresa encontra-se em forte expansão tanto a nível de mercados como a nível produtivo, fazendo uma forte aposta em feiras e certames internacionais bem como em capacitação produtiva e desenvolvimento de produtos.
A empresa está presente em mais de 15 países e tem um volume de facturação de 550.000 euros, mas o objectivo passa por ultrapassar o milhão euros. 50% da sua produção é para exportação.
Em seis anos de dedicação e trabalho árduo, passou de um pequena área de 80 metros quadrados para uma área de 1300 metros quadrados e com a colaboração de 20 trabalhadores, descreve o empresário. A empresa começou a ter projecção quer nacional, quer internacional e o negócio continuou a crescer. Em Novembro de 2016, um incêndio destruiu esta empresa na sua totalidade. O proprietário recusou-se a baixar a cabeça e a desistir de tudo o que havia construído até então. No dia seguinte, estava a reunir todas as suas forças para voltar a erguer a Francisco J. Dias e a “montar” em tempo recorde um espaço improvisado para não falhar com as suas encomendas e mais importante, garantir todos os postos de trabalho. Foi a partir deste espaço “improvisado” que foi construída uma nova unidade fabril, situada agora numa zona industrial, com a área de 4.000 metros quadrados e com 50 colaboradores.
Actualmente a empresa trabalha para profissionais da área do mobiliário com reconhecimento no nosso país e tem apostado num mercado internacional, sobretudo em Espanha.