Houve um despejo ilegal de resíduos, como óleos, pneus e tapetes, que indiciam provir da reparação de automóveis, no Fojo das Pombas, na Serra de Santa Justa.
A Câmara de Valongo emitiu uma nota expressando a sua “indignação” com o caso e adianta que, perante o alerta de um munícipe a situação foi denunciada à BriPA – Brigada de Protecção Ambiental da PSP, que registou a ocorrência.
“O município de Valongo está de momento a promover a retirada dos resíduos e a descontaminação do local, contudo alerta a população para o eventual risco de contaminação das águas que abastecem o lavadouro e fontanário da Ilha, decorrentes do óleo derramado”, refere a autarquia, lembrando ainda que o Fojo das Pombas é uma antiga mina de exploração de ouro e integra o maior complexo subterrâneo aurífero Romano, e alberga espécies de conservação prioritária, como o feto Trichomanes speciosum e algumas espécies de morcegos.
Na sua página da rede social Facebook, o Clube de Montanhismo Alto Relevo também lamenta a situação, um “crime ambiental” que diz ser “recorrente” no Complexo Mineiro Subterrâneo Romano em Valongo.
O clube diz que “já promoveu algumas acções que visavam a retirada de pneus, entre outros resíduos (pilhões, revistas, etc), que foram ilegalmente depositados em cavidades e até hoje já retiramos mais de 3.000 pneus (e ainda há mais…)”. “Alguns dos locais que foram alvo de limpeza tornaram a ser usados para novas deposições ilegais e certamente que o(s) criminoso(s) agradece(m) que se tivesse feito a limpeza podendo assim depositar mais resíduos”, apontam.
O caso denunciado foi arquivado e o clube teme que seja o que vai acontecer desta vez.