A Turquia, que iniciou aquela ofensiva com o alegado propósito de combater e afastar da região, a milícia curdo-síria “Unidades de Proteção Popular”, que integra as Forças Democráticas da Síria, que são para os turcos uma ameaça real, uma vez que encaram essas forças como uma organização terrorista com ligações com a insurgência curda na Turquia.
Dado o perfil conhecido do Presidente turco Recep Tayip Erdogan, a ofensiva naquele território, não parará facilmente, visto que o objetivo primeiro da mesma, é que a força terrestre apoiada pelos EUA contra o Estado Islâmico, se retire pelo menos a 30 km da fronteira turca.
Ou seja, estamos mais uma vez na presença de um conflito que pode e já redundou em mortes e milhares de desalojados, com a consequente imprevisibilidade e drama que daí advirá nos tempos próximos.
Por conseguinte, o norte da Síria vive, nos dias de hoje, momentos de grande tensão, tendo-se chegado até a uma “aliança” entre os Curdos e Governo, por forma a combater a ofensiva turca naquele país.
O Conselho de Segurança da ONU que analisará esta ofensiva, poderá contribuir para um cessar fogo naquela região, pois por vontade de Erdogan não será previsível parar os ataques sem garantias concretas.
Oito anos depois do conflito, abre-se uma nova frente de combate numa região devastada pela guerra, e com sonhos perdidos e adiados da população que, por contingências várias não consegue viver nem ter Paz.
O Presidente Donald Trump, que, com o seu estilo habitual, ao ameaçar com a aplicação de sanções contra a Turquia, devido à ofensiva militar contra as milícias curdas na Síria, e depois de ter ordenado a saída das tropas norte-americanas na região, está hoje, também por esta razão no centro das decisões políticas internacionais.
Os diferentes agentes internacionais, e nomeadamente o Conselho Geral da ONU, com o magistério de influência que tem, pode e deve criar condições sólidas e estáveis por forma a se parar com os ataques e se encontrar uma plataforma de entendimento e acordo entre os intervenientes, colocando de parte ódios e guerras, que teimosamente persistem.
Com as posições conhecidas dos intervenientes no conflito, as alianças antigas por um lado, e ódios antigos por outro, Síria, Turquia, Estados Unidos e mais cedo ou mais tarde a Rússia, é imperioso que a comunidade internacional intervenha pondo cobro a ações nem sempre pensadas nem reflectidas que deixam marcas nos países e na população!