Depois de dois anos sem podermos celebrar dignamente a Festa do Corpo de Deus, as ruas da cidade voltaram a encher-se de gente para apreciar aquilo que de melhor e mais importante temos: as nossas seculares tradições.
Foi possível concretizar o Desfile do Carneirinho, num dia esplendoroso de sol e calor. Um dia de verdadeira alegria e entusiasmo, quer dos pequenos, quer dos pais que se organizam para deixar os melhores vivas à educadora ou professora dos seus pequenotes.
A cidade ficou colorida e alegre como já há muito não se via.
A Cavalhada, essa que habitualmente tem lugar na véspera do Corpo de Deus, teve de ser adiada devido ao mau tempo naquele dia. Mas nem esta alteração fez com que menos gente estivesse a assistir. Os bailes atearam na sexta-feira passada, num modelo mais simples, devido ao adiamento que teve se ser feito, mas com igual dignidade e alegria.
E o momento alto foi, claro, a nossa majestosa procissão. Todos receávamos a chuva, mas S. Pedro portou-se bem e eis que foi possível chegar ao fim sem apanharmos uma molha. De facto, é interessante ver a crescente participação de jovens e menos jovens enquanto figurantes nesta procissão. A nossa procissão do Corpo de Deus, que junta o religioso e o profano, é, sem dúvida, uma das maiores riquezas que temos e a única que ainda se realiza assim em Portugal.
Felizes aqueles que, ao longo de todos estes anos e anos, têm trabalhado para conseguir manter as tradições, que respeitam a nossa história.
Saibamos todos apreciar e respeitar.