Esta história fez-me pensar nos buracos em que certas ideologias e costumes modernos lançam as nossas crianças, privando-as do pai ou da mãe. Já bastam os casos de falecimentos ou da incapacidade dos pais para cuidar dos filhos que por vezes os tribunais determinam. Que se tolere a união de dois homens ou de duas mulheres é uma coisa, mas que se equipare tal união ao matrimónio não faz sentido, pois que o fim deste é a ajuda mútua e a procriação. Pretender depois superar esta incapacidade com o recurso à adoção, é um verdadeiro atentado à ecologia familiar. Imagine-se um escultor obrigado a usar, para esculpir a pedra, não o habitual cinzel e martelo, mas dois cinzeis… ou dois martelos. Em vez de uma escultura sairia certamente uma peça defeituosa… e um monte de cascalho.
Sou vizinho de um infantário de construção recente e bem dotado de equipamento e pessoal. Tudo apontaria para uma atividade bem sucedida. Mas a competência das educadoras não consegue evitar as frequentes choradeiras com saudades dos pais e sobretudo das mães, como a do pequenito que repete uma e outra vez “Quero a minha mamã!”. Bem sei que há mães cuja profissão as obriga a esta privação de dez horas por dia dos seus filhos. Não sei bem que solução se poderia descobrir para evitar separação contra-natura de mães e filhos pequenos, mas valia a pena procurar encontrá-la. Toda a criança tem direito a um pai e a uma mãe e não está certo ter um filho, privando-o voluntariamente de um dos progenitores. Por mais rica e famosa que seja a metade do casal manco.
Bem conhecem os professores os casos de alunos que de repente baixam de rendimento escolar: a separação ou o divórcio dos pais, muitas vezes com a complicação de novas uniões. Quem tanto se preocupa com os direitos dos adultos, bem podia ter mais em conta os direitos das crianças, vítimas desta praga.
Que bom seria poder tirar as crianças destes poços! Melhor ainda, que não as enfiassem neles.