Pois circular a pé na Estrada Nacional 15, desde a entrada na Freguesia de Campo até à sua saída quase em todo o seu atravessamento, é um constante desafio «oferecido» aos peões, pelo confronto que fazem com o tráfego rodoviário, pela falta de passeios para os peões, passeios mais do que necessários, para cobrirem as profundas valas existentes nas respectivas bermas da Estrada.
Circular a pé pela estrada 209, desde a primeira rotunda de Campo, no sentido Campo-Paços de Ferreira, até à sua saída em Sobrado, com muito particular perigosidade no atravessamento da zona de Balselhas em Campo, onde quer numa Estrada, quer noutra, o espaço para circulação dos peões, não vai para além de um simples palmo, entre a linha limitadora da via e as valetas que a acompanham, ao longo de grandes lanços destas estradas.
Os exercícios, por vezes quase circenses, que os peões são obrigados a fazer, passam diariamente despercebidos, ficando permanentemente na memória de quem os executa e que diariamente os volta a enfrentar. Lá vem um caso ou outro, em que o susto obriga as pessoas a passar o alarme e de novo os órgãos autárquicos voltam a recorrer às propostas e recomendações, para se passar à fase das promessas.
Só que há casos e casos e alguns desses casos obrigam-nos a reflectir e a exigir mais e mais de cada um daqueles que ocupam lugares de responsabilidade.
E foi o caso daquele menino de Sobrado, que no final do passado ano, quando circulava pela berma da Nacional 209, foi colhido nas circunstâncias que acima são descritas.
Propostas, recomendações e promessas, é coisa que não tem faltado. Compromissos no empenho da busca pela solução, é coisa que tem sido comum dos diversos responsáveis executivos ao longo de já dezenas de anos e ao mais elevado nível hierárquico. Responsabilidades que devem ser repartidas pelos últimos governos, que apesar de várias promessas ninguém cumpriu e por isso, não resolveu.
No exercício do cargo de Vereador na Câmara de Valongo, que exerço em representação da CDU, há mais de um ano que venho insistindo em quase todas as reuniões de Câmara, para que se faça uma sinalização na Nacional 15, que facilite o acesso a esta Estrada junto a um Semáforo no lugar da Chã em Campo.
Chegou finalmente em Janeiro deste ano a indicação de autorização da pintura de sinalização que devia de ser executada pela Infra-Estruturas de Portugal, mas que vai ser assumida pela Câmara e que me levou em reunião a tecer o seguinte comentário.
Se só para se obter por parte da Câmara, autorização da agora Infra-Estruturas de Portugal, para uma simples pintura de sinalização na via, levou mais de um ano.
Quantos mais anos irão ser necessários, para que se resolva o problema da falta de passeios nas nacionais 15 e 209?
Para reflectir sobre a urgência de tudo isto? Basta apenas colocarmo-nos no lugar dos pais daquele menino de Sobrado.