O impacto que a pandemia nas nossas vidas tem sido por diversas vezes abordado.
O facto é que deixou marcas, nas mais diversas áreas. E uma delas foi precisamente no associativismo e na forma como as pessoas se passarão a relacionar/envolver.
Os dois anos assolados pelo Covid-19 fizeram com que tudo parasse e com que as pessoas alterassem o seu modo de vida.
Deixamos de poder sair, passear e conviver, como fazíamos antes.
Já se lê nos livros que, para adquirir novos hábitos, devemos fazer algo na prática por 21 dias ininterruptos e nós fizemo-lo mais dias ainda…por isso, não sair, não conviver, não fazer coisas, tornou-se um hábito que importa agora, lentamente, inverter.
E as nossas associações estão a sentir na pele essa mudança. São várias as coletividades que estão com dificuldades em reativar os grupos de animação locais, por falta de membros que acabaram por desistir e desligar-se; outras há que referem a saída de associados (pessoas que não querem mais continuar ligadas às associações) e ainda a dificuldade em mobilizar pessoas para participarem ativamente nas atividades que começaram a ser promovidas.
Teremos todos que ter paciência, ter paciência não significa baixar os braços.
As nossas coletividades devem aproveitar esta fase para se reinventarem e modernizarem, de modo a captarem novos elementos que venham com energia e vontade de trabalhar e de participar.
A pandemia trouxe muitas mudanças e uma delas é na forma de comunicarmos e chegarmos às pessoas.
Nada mais será como antes. Há que aceitar que o mundo mudou, que assim dói menos, e ir à luta. A vida continua e tem muito para oferecer a todos nós.
Só não podemos ficar sentados a lamentar o que aconteceu ontem… vivamos o hoje e pensemos o amanhã!