Nas décadas de 30 e 40, nascem em Portugal grandes fábricas, entre as quais a fábrica da Novinco em Matosinhos, que utilizaram o amianto para a produção de materiais em fibrocimento, para aplicações diversas. Dadas as boas características térmicas e acústicas, bem como a resistência ao fogo, estima-se que as fibras de amianto tenham sido incorporadas em cerca de 4.000 edifícios e em outras utilizações, que vão desde a construção à indústria, meios de transporte (barcos e comboios), em depósitos ou condutas para o abastecimento de água, ou como resposta em instalações cuja construção implicava prazos rápidos e custos reduzidos, como foram o caso de edifícios escolares (anos 70/80) ou bairros económicos (anos 40/50).
Neste sentido, é fundamental identificar não só os locais onde foram utilizadas fibras de amianto, como a população potencialmente exposta aos riscos deste agente carcinogénico, definir as melhores práticas para manusear e encaminhar este material, enquadrando-as nas Políticas que apontam para a eliminação do amianto na Europa até 2032.
Daí a importância de cumprir o que foi definido pela Lei n.º 2/2011, de 9 de fevereiro, sobre a obrigatoriedade de realizar um levantamento aos edifícios públicos que contenham amianto na sua construção, invertendo a situação atual de desconhecimento sobre a existência de amianto nos edifícios, por forma a assegurar a avaliação dos riscos para a segurança e a saúde dos trabalhadores destes espaços.
Este tema estará em destaque no Seminário que se irá realizar no próximo dia 26 de Novembro na cidade da Maia. Toda a informação disponível em: http://www.quercus.pt/actividades-porto/748-2015/novembro/4438-acao-de-sensibilizacao-sobre-amianto-26-de-novembro