A Câmara Municipal de Valongo voltou, esta quinta-feira, ao modelo das reuniões descentralizadas, começando pela freguesia de Ermesinde. Uma “feliz coincidência” destacada pelo presidente da Câmara Municipal, José Manuel Ribeiro, que aproveitou a ocasião para pôr os munícipes ao corrente das últimas novidades acerca da municipalização do Estádio de Sonhos.
José Manuel Ribeiro realçou a “conquista” alcançada com a declaração de utilidade pública da expropriação e autorização da tomada de posse administrativa do Estádio de Sonhos pelo secretário de Estado do Desporto, publicada na passada semana em Diário da República. Conquista alcançada graças à “atitude firme de defender o interesse público e não ceder a interesses privados”. Não obstante a declaração de utilidade pública da expropriação, José Manuel Ribeiro advertiu que o processo “ainda não está terminado”, tendo o proprietário um prazo para contestar, ainda que sem efeito suspensivo. “Pensamos que em Novembro ou Dezembro tomaremos posse do equipamento e será municipal”, disse, sublinhando que de seguida serão feitas obras no equipamento desportivo e, logo que possível, será colocado um relvado sintético.
Se a questão do campo de jogos de Ermesinde voltou a ser dominante na reunião de câmara, também a questão do panfleto de prestação de contas enviado aos munícipes teve novamente o seu protagonismo com os vereadores do PSD e da CDU a lembrar a “falsidade” acerca da limpeza das ruas “cinco dias por semana” das freguesias. O assunto foi igualmente levantado pelo presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho, que, no final, sublinhou que “cinco nonos da Câmara Municipal não se revêem na mentira do folheto” enviado às populações. “Tentamos que todas as ruas sejam varridas uma vez por semana, tendo em conta os quilómetros contratualizados”, disse. Luís Ramalho aproveitou a oportunidade para sublinhar que “o último grande investimento feito em Ermesinde foi com o Polis” que permitiu o arranjo urbanístico da zona central da cidade e a construção do Edifício Faria Sampaio, lamentando que a cidade tenha ficado de fora do investimento previsto no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), designadamente no que toca à regeneração urbana. Considerando que não tem havido investimento municipal na freguesia, Luís Ramalho afirmou que “Ermesinde merece ser tratada com respeito”.
O caos no estacionamento no centro da cidade foi também uma das questões levantadas, seja pelo presidente da Junta de Ermesinde, seja por munícipes na intervenção final. À Câmara Municipal pediram mais atenção e uma intervenção junto das autoridades no sentido de zelar pela legalidade do estacionamento e regular também através de sinalização adequada.
Às criticas, o presidente da autarquia respondeu com intervenções realizadas e previstas para Ermesinde. José Manuel Ribeiro lembrou a instalação da Loja do Cidadão no Edifício Faria Sampaio, a inauguração do Parque do Juncal, a Casa da Juventude, entre outros.”Comigo podem contar sempre”, disse, sublinhando: “tento ser justo na distribuição do apoio que é escasso”. “Estamos a investir muito dinheiro em Ermesinde. Tentamos ser equilibrados”, disse.