Depois do tumulto que abanou a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cete, a nova direcção não quer falar de paz, porque defende que não houve guerra, mas quer projectar o futuro sem falar dos problemas do passado mais recente, que levou 39 bombeiros a entregar os capacetes e acabou com a demissão da anterior direcção e do comandante.
José Oliveira é o novo presidente da associação. Tem 75 anos, é do Porto mas mora em Cete há sete anos e é reformado do sector bancário, mais concretamente da área comercial. Diz-se apenas mais um rosto de uma equipa que considera “profissional” e de “muita qualidade” e adianta que o grande objectivo passa por alterar a forma de gestão.
“Queremos profissionalizar a gestão dos Bombeiros de Cete”, assumiu ao Verdadeiro Olhar. O caminho será longo e feito sem pressa, garante o novo dirigente, e já começou com reuniões alargadas com os bombeiros, quer voluntários quer profissionais.
José Oliveira diz que, apesar da natural resistência à mudança, lidera uma equipa que gosta da inovação e que encontrou os bombeiros que integram a corporação “com muita vontade de colaborar”.
O novo dirigente não esconde que não se trata de uma casa fácil de gerir, já que vive apenas do apoio dos sócios, de mecenas e subsídios. Por isso, uma das apostas vai passar por concessionar o bar existente, para gerar receita.
A direcção está também a fazer um diagnóstico do parque automóvel para perceber as necessidades.
Os novos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cete tomaram posse a 14 de Maio. José Oliveira tem como vice-presidente Paulo Pinto, como secretário Alberto Bessa e como tesoureiro Adriano Rocha. Na presidência da Assembleia Geral manteve-se Saúl Ferreira e na do Conselho Fiscal está Júlio Sousa Santos.