Chama-se Associação de Empresas de Paredes (ASEP) e veio preencher “o vazio” deixado pela Associação Empresarial de Paredes, cuja insolvência já foi decretada pelo tribunal.
A nova associação, que visa promover e dignificar o tecido empresarial do concelho, foi apresentada esta quarta-feira. Teve como fundadores o empresário e ex-secretário-geral da Associação Empresarial de Penafiel, Alberto Pereira Leite, que deverá liderar a direcção da instituição; e o vereador na Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida.
Prometem uma associação voltada para todos os empresários e para toda a área geográfica do concelho, afastada da política e mais interventiva na defesa dos interesses dos empresários de Paredes. “Senão também não estávamos aqui”, sustentou Pereira Leite.
Até ao momento, a ASEP conta com 60 empresários inscritos e os responsáveis acreditam que muitos mais se juntarão ao projecto.
Nasce para resolver um problema
A mais nova associação empresarial da região surgiu para resolver um problema, garantem os responsáveis pelo projecto.
“Ao longo dos anos, a Associação Empresarial de Paredes ocupou esse espaço de apoio empresarial”, explicou Alberto Pereira Leite. Mas com os problemas que se abateram sobre a associação no último ano, e a consequente insolvência, decretada pelo Tribunal de Amarante no mês passado, “criou-se um vazio no apoio aos empresários”, afirmou. “Estamos a assumir uma responsabilidade perante um problema real”, disse ainda.
“As empresas precisam de ter associações empresariais que as defendam, lhes disponibilizem serviços e lhes deem garantias de confiabilidade no tempo”, sustentou o empresário.
A ASEP surge como uma alternativa para ajudar os empresários a enfrentar as dificuldades de uma economia ainda frágil e para os apoiar nas candidaturas a fundos comunitários.
Para já, há cerca de 60 sócios inscritos e outros 200 receberam informação sobre o projecto, revelou Pereira Leite.
“Não vamos prestar serviços que os nossos associados também prestam”
Criticando a existência de custos efectivos permanentes nestas associações, os responsáveis pela nova Associação Empresarial afirmam que o caminho passa por utilizar os meios existentes no apoio aos empresários e não em criar os seus próprios meios. “Vamos ter que reunir, mas não estamos a pensar em ter o nosso próprio auditório. Podemos usar os muitos que existem no concelho. Não é preciso gastar milhares de euros”, defendeu Pereira Leite.
Por outro lado, a ASEP não será “concorrente” daqueles que representa. “Não vamos prestar serviços que os nossos associados também prestam, nem ter um departamento de formação, contabilidade, feiras ou marketing quando temos associados que fazem esse trabalho”, salientou. “O que faz sentido é conseguir, junto desses empresários, vantagens na prestação desses serviços aos outros associados”, deu como exemplo.
O primeiro projecto, já em curso, passa por contratualizar com a AEP – Associação Empresarial de Portugal uma formação-acção que permite às empresas ter acesso a conselhos de consultoria. O objectivo é promover melhorias na capacidade de gestão dos empresários.
Pereira Leite vai presidir à direcção e Alexandre Almeida ao conselho fiscal
A ASEP foi oficializada a 1 de Março de 2016, por escritura pública, tendo como sócios fundadores Alberto Pereira Leite e Alexandre Almeida. O regulamento interno será agora definido pelos associados na primeira assembleia da instituição.
A proposta a apresentar passará por Pereira Leite à frente da direcção, tendo como vice-presidente Gualter Torres (Gualtorres – Indústria e Design de Mobiliário, Lda.), como secretário Luís Barbosa (Guarnição, Lda.) e tesoureiro João Fernandes (Móvis). A lista fica completa com Carlos Macedo (Iluminações Teixeira do Couto) a vogal, e Rui Moreira (Restaurante Terramar), Sandra Rodrigues (Nortefor) e Eurico Nogueira (Bitshop) a suplentes. Alexandre Almeida é a indicação para ocupar a presidência do conselho fiscal e contará no órgão com Silvestre Carneiro (Pelcorte) e Norberto Durães (José Durães – Móveis e Decorações, Lda). Para a assembleia geral ainda não foram divulgados nomes.
“Procurou-se um leque diversificado de actividades, não queremos ser uma associação só de uma actividade ou área geográfica”, afirmou Pereira Leite.