As contas consolidadas de 2019 da Câmara de Paços de Ferreira foram aprovadas com os votos contra do PSD e os votos a favor da bancada socialista e dos presidentes de junta.
Os documentos foram, ontem, analisados em Assembleia Municipal Extraordinária com Marques Pereira, do PSD, a salientar alguns dos aspectos referidos no parecer do revisor oficial de contas.
Hugo Lopes, eleitos pelo PS, acusou-o de “lançar fumo para obscurecer a realidade”. “Se formos objectivos com as reservas do auditor, derivam todas da actividade do PSD no passado”, criticou.
Paulo Ferreira, presidente da câmara em exercício, explicou desde logo que o revisor oficial de contas só pode emitir o parecer depois de as contas serem aprovadas em reunião de câmara, ou seja, a discrepância de datas decorre da lei. “Não nos podem acusar de falta de transparência quanto às contas”, sustentou, lembrando a herança pesada deixada pelo PSD.
O vereador responsável pela parte financeira, Joaquim Sousa, não deixou de realçar que o debate das contas já tinha sido feito e que a aprovação das contas consolidadas é uma questão legal. “Tudo o que aqui disseram já foi esclarecido”, alegou.
Quanto ao excesso de endividamento recordou que quando o executivo socialista chegou à Câmara era 32 milhões de euros, sendo agora de oito milhões de euros.
“As contas têm uma evolução positiva e temos muito orgulho destas contas”, concluiu.