A vereadora da Educação da Câmara de Paredes, Hermínia Moreira, afirmou, esta quinta-feira, na sessão de abertura do ano lectivo 2017/18, que decorreu no Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo, estar tudo pronto para o início do ano escolar.
“Tudo temos pronto para que o ano lectivo inicie nas melhores condições possíveis”, disse, salientando que o executivo municipal operou, nos últimos anos, alterações físicas ao nível do parque escolar que têm contribuído para melhor a qualidade do ensino no concelho.
“Quando falo em condições físicas, falo nos espaços, nos equipamentos, da colocação do pessoal não docente que é da nossa responsabilidade e nem todo o pessoal não docente é da responsabilidade da câmara e no pessoal docente que está adstrito ao Ministério da Educação. O município está a ir além do que lhe é exigido por lei. Queremos é garantir o melhor para as nossas crianças, obter melhor qualidade de ensino e acho que isso foi conseguido com a colaboração dos professores, funcionários, associações de pais e os presidentes de junta”, disse, defendendo que só com parcerias que envolvam os vários agentes e actores ligados à educação é possível ter um ensino de excelência.
“A aposta que foi feita está ganha, mas ainda temos muito para fazer”
“A aposta que foi feita está ganha, mas ainda temos muito para fazer e a verdade é que estamos já a apetrechar as salas quer do primeiro ciclo quer do pré-escolar com novos computadores, com material para o desporto, porque existem já condições para a prática do desporto”, frisou, assegurando que os professores estão colocados e que Paredes é um exemplo a nível da região no que toca às actividades de enriquecimento curricular.
A este propósito, a responsável pelo pelouro da educação avançou que o executivo vai entregar os horários já na próxima segunda-feira.
Hermínia Moreira expressou, ainda, que a educação irá continuar a ser a bandeira do município.
“É através a aposta na educação que vamos garantir que Paredes será um concelho mais desenvolvido. Os cidadãos serão mais felizes quanto mais qualificações, educação e de melhor qualidade lhes conseguirmos proporcionar”, disse.
Falando na carta educativa, o chefe do executivo esclareceu que esta é muito mais do que construir escolas, é reorganização de um edifício educativo de um território e implica outras valências que vão desde generalização das refeições, actividades extra-curriculares, de parcerias com as escolas, reforço com as associações de pais.
“Paredes está presentemente entre os 30 melhores concelhos do país no que toca ao desempenho escolar”
“A nossa região tinha, de facto, índices muito maus. Atrás de Paredes estavam os concelhos de Penafiel, Paços de Ferreira, Felgueiras e Lousada era o pior concelho em 2005”, asseverou, enfatizando o facto de Paredes estar presentemente entre os 30 melhores concelhos do país no que toca ao desempenho escolar e inclusive há dois anos lectivos as escolas do concelho se encontrarem acima da média nos exames nacionais.
“Este trabalho não é do presidente da câmara nem dos vereadores é de todos porque o resultado fizemo-lo todos sentir na vida das crianças. Se os professores não tivessem as ferramentas que têm hoje os alunos não poderiam usufruir dessas ferramentas. Se os pais não fossem chamados a participar na educação os alunos não teriam a sensibilização que hoje têm. Os autarcas fizeram aquilo que tinham de fazer, com a convicção que o caminho era este”, atestou.
O edil paredense recordou que presentemente Paredes tem 13 centros escolares mas há 12 anos tinha 64 escolas.
“Gerir esta realidade era uma coisa monstruosa. Hoje é muito mais fácil gerir até para cada agrupamento e escola. O modelo que tínhamos era um modelo que não podia continuar. Acho que passamos com distinção e uma parte deste sucesso deve-se aos agentes e actores educativos”, anuiu, manifestando deixar a câmara com o sentimento de dever cumprido no capítulo da educação.
“Temos de trabalhar nas quatro realidades do abandono escolar: no aluno, na família, na escola e no ambiente económico e social”
O responsável pelo executivo esclareceu, ainda, que a metodologia que foi adoptada pelo seu executivo no combate ao abandono escolar permitiu perceber quais as dificuldades dos encarregados no apoio ao estudo e o caminho a seguir para minimizar este problema.
“Temos de trabalhar nas quatro realidades do abandono escolar: no aluno, na família, na escola e no ambiente económico e social”, atestou, reconhecendo que o resgaste financeiro provocou dificuldades financeiras a todas as autarquias, mas a Câmara de Paredes conseguiu sobreviver.
“Hoje entrego a câmara municipal em boa saúde financeira, já sei que estamos em campanha eleitoral, e diz-se que a dívida é de 100 ou 102 milhões. Isso é completamente falso. É patético. A dívida é de 49 milhões e são sobretudo empréstimos para construir a carta educativa”, acrescentou.
Auxiliares e professores confiantes no arranque do ano escolar
Sandra Ribeiro, assistente operacional no jardim-de-infância de Gondalães, assumiu estar confiante que o ano vai iniciar sem sobressaltos.
“Acredito que tudo vai correr pelo melhor”, confessou, reconhecendo que depois das férias a adaptação é sempre mais difícil.
Manuela Barbosa, assistente operacional, no mesmo estabelecimento de ensino, mostrou-se com ânimo e expectante que o ano escolar corra pelo melhor.
“Trabalho num excelente estabelecimento de ensino e não espero grandes sobressaltos”, manifestou.
“Estou esperançada que tudo corra pelo melhor. Acho que vamos ter um ano escolar positivo, calmo, sem grandes mudanças para os professores”, atestou.
Alice Cardoso, professora primária na Escola Básica de Sobrosa, defendeu que cada ano é sempre um novo desafio.
Ao Verdadeiro Olhar, esta docente enfatizou, também, o trabalho realizado para dotar os estabelecimentos de ensino de condições físicas e materiais que possibilitem prestar um melhor ensino.
Quanto à colocação dos docentes, Alice Cardoso afiançou que na escola onde lecciona o corpo docente está estável.
“A situação dos contratados é que é mais complicada”, corroborou.
“Dispomos das melhores condições, operou-se uma revolução completa na criação de novos estabelecimentos e na requalificação de outros espaços, o que permite um ensino mais eficaz, completo e efectivo”, disse.