A Câmara de Valongo realiza 74% dos contratos por ajuste directo, denunciou o PSD em reunião de executivo.
“Fala-se muito da transparência da Câmara. Mas dentro da Área Metropolitana do Porto (AMP), constituída por 17 municípios, Valongo é o município campeão dos ajustes directos”, afirmou Miguel Santos.
Segundo o vereador da oposição, 388 dos 524 contratos realizados pela autarquia foram feitos por ajuste directo, num total de 74%.
“O ajuste directo está previsto na lei. Mas gostava que explicasse o que justifica que a Câmara de Valongo faça 74% dos contratos por ajuste directo”, apelou o eleito, argumentando que esta prática “está instalada” e que não tem “paralelo” em nenhuma autarquia da AMP.
A vice-presidente da autarquia valonguense, Ana Maria Rodrigues, que presidiu à reunião de executivo, garantiu a legalidade destes contratos. “Ficava preocupada se me dissesse que a câmara estava a fazer ajustes directos quando não o devia fazer. Mas se o que a Câmara está a fazer o que está previsto na lei não estou a ver o problema”, quer seja 74 ou 30%, deu como exemplo a eleita do PS.
“Não é igual ter uma câmara que faz 74% ou 30%” dos contratos por ajuste directo”, replicou Miguel Santos. “Tomei boa nota da garantia de que todos os ajustes directos cumprem a lei. Nos tempos que correm é sempre uma afirmação arriscada de ser feita”, concluiu.