No sítio da internet do Município da Guarda, existe apenas uma informação “Rearborização da Av. Cidade de Salamanca arranca a 1 de Março”, em que não é dado destaque nenhum ao abate indiscriminado de 40 Cedros, assim como Tílias de grande porte. A Quercus compreende a necessidade de substituição de algumas árvores, mas deveria ser efetuado um planeamento faseado ao longo de vários anos e não cortar todo o arvoredo urbano na antiga N16 em poucos dias, pelo que apela à suspensão do abate perpetuado pelo Município da Guarda.
O corte raso de árvores saudáveis de grande porte continuou após diversos alertas e as reações não se fizeram esperar, surgiu um movimento cívico a contestar esta situação, tendo sido criado recentemente uma Petição Pública “Cessação imediata do abate de árvores na Guarda” para a Câmara Municipal atuar no sentido de reverter o dano e que conta ao fim dos primeiros dias, já com quase 700 assinaturas contra o abate das árvores (pode assinar a petição em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT80278).
A Quercus interpôs no passado dia 2 de Março, uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco contra a Câmara Municipal da Guarda, quepermaneceu indisponível para prestar qualquer tipo de informação esclarecedora e para suspender a ação do corte de árvores de grande porte. A Associação Nacional de Conservação da Natureza aguarda uma decisão do tribunal e espera que exista bom senso por parte do Município para parar com esta situação danosa para o património arbóreo da Guarda. Considera ainda que os prestadores de serviço de arboricultura não devem compactuar com este tipo de decisões pouco fundamentadas e avaliar a pertinência do abate de árvores.
As árvores são um bem público e, por isso, devemos estar conscientes da ameaça que o seu corte desmedido representa para a ecologia e conservação da Natureza.