O quartel dos Bombeiros Voluntários de Baltar recebeu, esta quinta-feira, mais de 500 seniores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho de Paredes. O evento começou às 14h00, e prolongou-se até ao final da tarde, e consistiu num desfile de marchas e numa sardinhada.
A concurso estiveram as marchas do Centro Social e Paroquial de Baltar, a Associação para o Desenvolvimento Integral de Lordelo, a Associação para o Desenvolvimento Integral da Sobreira, a Associação para o Desenvolvimento de Rebordosa, a Associação Solidariedade Social de Duas Igrejas, o Centro Sócio-Educativo da Parteira, o Centro Social de Cête, o Centro Social e Paroquial de Gandra, o Centro Social e Paroquial de Recarei, o Centro Social e Paroquial de Vilela, a Santa Casa da Misericórdia de Paredes/Casa do Povo de Bitarães e, por fim, S. Pedro Centro Social da Sobreira.
Dançarinos e cantores de todas as idades
Entre as centenas de utentes que participaram nesta iniciativa encontravam-se Maria Reis e Maria Sousa, amigas de longa data. Para além de terem o nome idêntico, cantaram juntas no Rancho de Sobreira e agora estão juntas no São Pedro Centro Social da Sobreira.
Maria Reis tem 71 anos, nasceu em Cete, mas mora na freguesia de Sobreira desde os três anos. Não é só agora, com as marchas, que o gosto pela dança surge na sua vida. A utente do Centro Social de Sobreira sempre gostou de “bater o pé”. Andou no rancho durante 30 anos e só saiu porque o rancho acabou. Para além de gostar de dançar, Maria Reis também sabe cantar, sobretudo fado.
Maria Sousa tem 75 anos e também não é de Sobreira. Deixou a terra de S. Gonçalo, em Amarante, há cerca de 40 anos quando os pais quiseram ir morar para Paredes juntamente com os seus irmãos.
Hoje, os dias de Joaquim são passados a cantar, e “ na brincadeira” com os seus colegas do Centro da Santa Casa da Misericórdia de Paredes.
Susana Pelota trabalha com a Eva e com o Joaquim na Santa Casa da Misericórdia de Paredes e na Casa do Povo em Bitarães. Tem 40 anos e diz já participar na festa há 20 anos. Susana acrescenta, ainda, que ”não é complicado de organizar” esta iniciativa “embora exija muito trabalho e dedicação”. No entanto, para a mulher, “quando as pessoas gostam daquilo que fazem nada é nada complicado”.
“Não é difícil lidar com os utentes porque eles adoram festas, temos que ter em conta as capacidades e o grau de dependência de cada um, mas há muita receptividade”, acrescentou.
Centro Social e Paroquial de Gandra ganhou o prémio de melhor marcha
No fim do evento, foram entregues os prémios, que se dividiam entre as categorias de melhor guarda-roupa, melhor música, melhor coreografia e melhor marcha.
O primeiro prémio para a melhor roupa foi para São Pedro Centro Social da Sobreira; o segundo para o Centro Social de Cete; e o terceiro para a Associação de Solidariedade social de Duas Igrejas.
Na categoria de melhor música, o primeiro prémio foi para Associação para o Desenvolvimento de Rebordosa; o segundo para Centro Social e Paroquial de Baltar; e o terceiro para o Centro Social e Paroquial de Recarei.
O primeiro lugar da melhor coreografia foi para Centro Social e Paroquial de Vilela; o segundo para a Associação para o Desenvolvimento Integral da Sobreira; e o terceiro para a Associação para o Desenvolvimento Integral de Lordelo.
Por último, na categoria de melhor marcha, ficou, em primeiro lugar, o Centro Social e Paroquial de Gandra; em segundo a Santa Casa da Misericórdia de Paredes/Casa do Povo de Bitarães; e em terceiro o Centro Socioeducativo da Parteira.
Principal desafio da organização foi conseguir pôr, dentro do recinto, todas as instituições
Madalena Casaca é responsável pelo Movimento Sénior e explica que a organização deste evento surgiu de uma parceria entre o município de Paredes e o Centro Social e Paroquial de Baltar. O Centro Social de Baltar já organizava, por conta própria, esta iniciativa, há 16 anos, mas não juntava todas as instituições que agora, com esta parceria, conseguem juntar.
Para a organizadora, este ano conseguiram corresponder às expectativas e criar um momento de descontracção para os idosos em que eles puderam dançar. Ainda assim nem tudo foi um mar de rosas: “temos que criar um regulamento próprio para tentarmos ser o mais correctos possível com as instituições todas em termos de atribuições de prémios. Este ano contactamos um júri totalmente imparcial que não tivesse qualquer ligação com as instituições”.Um dos critérios utilizados, este ano, foi o de atribuir pelo menos um prémio a cada instituição.
Segundo Madalena Casaca, o principal desafio foi “conseguir pôr, dentro do recinto, todas as instituições”.