Morreu hoje, aos 71 anos, Joaquim Santos, uma lenda do automolismo nacional, que nasceu a 9 de junho de 1952, em Penafiel. Desaparece assim, um dos maiores nomes da modalidade em Portugal, deixando na memória de um país um vasto legado de conquistas.
Nascido em Penafiel, o piloto tornou-se um ícone dos anos 80 e 90, brilhando, não só na velocidade, mas também no autocross e ralicross.
Estreou-se nos ralis em 1976 e, três anos depois, conquistou o seu primeiro pódio, no Rali James/Póvoa do Varzim, no comando de um Opel Kadett GTE, navegado por Albino Tristão.
Mas seria integrado na equipa Diabolique, e acompanhado pelo navegador Miguel Oliveira, que Joaquim Santos alcancaria destaque.
A dupla conduziu o famoso Ford Escort RS 1800, assim como o Ford RS200, o Ford Escort XR3i, o Ford Sierra Cosworth e o Ford Sierra Cosworth 4×4.
Joaquim Santos elevou-se no pódio com cinco títulos de Campeão Nacional de Ralis, tendo sido detentor do recorde de vitórias, com 47 rallys conquistados no campeonato nacional e ainda o título de tetracampeão nacional absoluto. Foi o às da estrada e conquistou um lugar no olimpo dos corredores.
Hoje, aos 71 anos, os motores só podem estar em silêncio, porque se perdeu um dos grandes do desporto motorizado em Portugal.
A Câmara Municipal de Penafiel já lamentou, publicamente, o desaparecimento daquele que tornou cidadão honorário, descrevendo-o como “uma personalidade de referência no automobilismo nacional”. E tanto assim foi que o município homenageou-o em vida, atribuindo o seu nome a uma prova de Rally de Asfalto, a “Taça Joaquim Santos”, no Penafiel Racing Fest.
“Joaquim Santos deixa uma enorme saudade aos penafidelenses e aos amantes do desporto motorizado, que recordarão para sempre as suas proezas desportivas únicas”.