O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, inaugurou, hoje, o novo quartel da GNR de Paço de Sousa, em Penafiel.
O posto serve três freguesias, com quase 8000 pessoas, e um território de 25 quilómetros quadrados.
O presidente da Câmara de Penafiel, caracterizou este como um dia especial para o concelho e para a vila de Paço de Sousa e lembrou que nos 62 anos de presença da Guarda na localidade as instalações foram sempre provisórias. Eram “precárias e até indignas” para guardas e cidadãos, frisou Antonino de Sousa, frisando que este novo quartel era um anseio da população.
“Houve momentos em que foi maior o risco de fechar do que de termos um novo”, recordou o autarca, referindo que a assinatura de protocolo de colaborações entre o município e o Ministério, em 2015, gerou entusiasmo. A autarquia cedeu o terreno, promoveu o concurso e fiscalizou a obra paga pelo Governo, num importante exemplo de cooperação da administração central e local, afiançou.
Paço de Sousa tem agora um “quartel moderno, confortável e funcional” resultado de um investimento superior a 820 mil euros. A localização escolhida permitiu ainda resolver “o passivo ambiental” da antiga ETAR existente no centro da vila”, defendeu o edil penafidelense.
Antonino de Sousa apelou ainda a um reforço de meios humanos neste novo quartel que, projectado para 35 elementos, conta apenas com 14 guardas.
O ministro salientou que estão a ser resolvidos problemas com décadas em todo o país. Eduardo Cabrita lembrou que foi criada uma solução orçamental que nos últimos quatro anos permitiu fazer investimento em veículos e armamento e que, desde 2017, há oitenta obras como a do quartel de Paço de Sousa, já concluídas, em curso ou em projecto. No Tâmega e Sousa deu os exemplos dos quartéis de Paços de Ferreira e Freamunde.
Quanto ao pedido de efectivos, o governante não deu resposta concreta, mas explicou que até 2023 está prevista a formação de 10 mil elementos, sendo 1400 para a GNR já este ano.
Segundo o ministro, “Portugal tem vindo a consolidar a imagem como um dos países mais seguros do mundo”. O Relatório Anual de Segurança Interna mostra que, ao contrário de outros países, em 2020, em Portugal houve uma redução de 11% na criminalidade geral e de 13,5% na criminalidade violenta e grave, afirmou, acrescentando que os dados do concelho de Penafiel acompanham esta tendência.
A cerimónia de inauguração, que contou com uma curta visita às instalações, contou com a presença de inúmeras entidades. O Comandante-geral da GNR, tenente-general Rui Manuel Clero, elogiou o empenho da autarquia penafidelense para que os guardas tivessem estas novas infra-estruturas. “Os paço de sousenses podem contar como uma Guarda renovada, colaborativa e mais capacitada”, garantiu.
O responsável pela Guarda deixou ainda alguns números sobre o trabalho realizado pelo posto de Paço de Sousa e também a nível concelhio.
“Em 2020 e no primeiro trimestre deste ano, na área adstrita ao posto da GNR de Paço de Sousa foram realizadas 650 de sensibilização em vários programas da Guarda”, adiantou. No âmbito da prevenção e sensibilização em termos florestais, desde 2019 foram realizadas mais de 700 patrulhas, 130 acções de sensibilização e investigadas as causas de 466 incêndios rurais, entre outros. “No âmbito da violência doméstica, este posto é exemplo de empenho. No ano passado e no início de 2021, 23 agressores foram identificados pela prática deste crime. Este novo quartel representa também a preocupação da Guarda para com as vítimas de violência doméstica. Tem uma sala de apoio à vítima, uma infra-estrutura inexistente nas instalações anteriores, que permite um serviço de maior qualidade”, defendeu.
Em Penafiel, referiu ainda, estão sinalizados 120 idosos que vivem sozinhos ou isolados.