Sem citar nomes ou concretizar acusações, Miguel Costa, actual presidente da Assembleia Municipal de Paços de Ferreira e um dos três candidatos à presidência da comissão política do Partido Socialista de Paços de Ferreira, cuja eleição decorre no próximo sábado, emitiu um comunicado criticando o decorrer do processo eleitoral que diz estar “inquinado”.
Naquilo que designa como “actos lamentáveis”, o candidato que lidera a lista C, fala “no pagamento massivo de largos milhares de euros de quotas a militantes que estavam inactivos (sem quotas em dia) há mais de seis anos” assim como “na inscrição de dezenas de novos militantes poucos dias antes do prazo limite para o efeito”.
“No próximo sábado, dia 1 de Fevereiro, estão agendadas as eleições para a Comissão Política do PS de Paços de Ferreira. Trata-se de um momento importante para a vida do partido e que devia ser realizado num ambiente de total transparência e liberdade. Infelizmente e pela primeira vez na já longa história do PS concelhio, tal não sucederá”, lamenta Miguel Costa.
“Apesar da total anormalidade em que decorrerá o processo eleitoral, sabendo-se, desde já, quais serão os resultados finais, esta candidatura vai apresentar-se a votos com o único objectivo de honrar os valores, princípios e a história do Partido Socialista”, adianta no mesmo comunicado, lembrando os resultados conseguidos pelo PS nas duas últimas eleições autárquicas e elogiando o trabalho de Humberto Brito, actual presidente da Câmara, e da sua equipa.
Contactados, os candidatos que lideram as duas outras candidaturas, Armanda Fernandez e Jocelino Moreira, não quiseram comentar estas acusações.
Já o ainda presidente da comissão política do PS Paços de Ferreira, Paulo Sérgio Barbosa, escusou-se também a falar destas críticas visto estar em curso, e já na recta final, o acto eleitoral que vai definir o novo presidente do partido.