Agora, a encruzilhada está profundamente incrementada. Dentro em breve há eleições autárquicas e não há rumo. Os muitos que já foram convidados e que tinham perfil, deram resposta negativa. Simão Ribeiro perdeu espaço e nunca será candidato “aprovado” por Rui Rio. Restam muito poucos nomes para assumir uma candidatura à liderança da Câmara Municipal de Lousada.
O primeiro desses nomes é Cândida Novais. Aliada de Rui Rio, antiga vereadora e com histórico de cargos de confiança política, foi figura saneada nos últimos anos e alvo de chacota entre os demais militantes. No entanto, enquanto figura que cresceu a acompanhar a juventude, é uma das poucas figuras que pode almejar a candidatura, procurando a simpatia do voto feminino e da juventude.
Depois, surge Fausto Oliveira. Passo a passo, o presidente de junta a tempo inteiro que atende os fregueses na sua loja, foi sendo a figura de proa de ataque ao atual executivo camarário. Há muito tempo que a sua postura é a de quem quer assumir a tarefa de derrotar Pedro Machado. A sua aparente neutralidade nas eleições nacionais dá-lhe a possibilidade que Simão Ribeiro não tem, ao mesmo tempo procura cimentar uma popularidade que cresceu nos últimos anos com as “festas e festinhas” que tanto critica noutros palcos.
Há ainda outras figuras que podem tomar a dianteira. Carlos Nunes, Jorge Furtado e Diogo Fernandes são ainda possíveis figuras a considerar. Os próximos meses vão ser fundamentais para o PSD Lousada e não é a enterrar a cabeça na areia que Simão Ribeiro vai encontrar a solução. A incapacidade do maior partido da oposição poderá revelar um CDS-PP que quer sentir se ainda tem pulso no concelho como nos anos 80. A encruzilhada é grande e o PSD Lousada está pequenino.