As más condições do espaços onde funcionam as Finanças de Lousada, assim como a falta de pessoal naquela repartição levaram os partidos políticos, com assento na Assembleia Municipal (AM) local, a apresentarem uma moção que será encaminhada para o Governo como forma de “pressionar quem tem que decidir”.
Não está adequado às necessidades da população, aos serviços ali prestados nem respeita os profissionais é a base deste documento que foi aprovado por unanimidade.
Na moção, que foi lida pela presidente da AM, refere-se que “o quadro de pessoal é deficitário”, tendo apenas “13 funcionários, quando deveria ter 20”. E das 13 pessoas que ali trabalham, “dois estão em comissão de serviço”, “um é trabalhador estudante”, sendo que outro está “alocado ao atendimento telefónico” dos serviços centrais. Maria de Lurdes Castro enumerou ainda o facto de, daqui a três anos, “quatro dos funcionários” se aposentarem.
Um outro aspecto enumerado na moção, diz respeito à classificação do serviço que é de segunda classe, quando “deveria ser de primeira”, devido ao volume de trabalho ali existente.
Também o facto de estar localizado no primeiro andar e de ter rampas muito ingremes e de difícil acesso a pessoas com mobilidade reduzida, é apontado na moção que defende a mudança de instalações para uma loja do cidadão, onde ficarão aquartelados todos os serviços do género.
A terminar, os socialistas sublinham que a verba que está no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que servirá para comportar o investimento neste serviço “não é suficiente”, sendo que esta missiva pretende também alertar para esta situação.
Leonel Vieira, da Acreditar Lousada, interveio e responsabilizou o Governo e a Câmara Municipal por toda esta situação, sendo que a edilidade “em 32 anos nada fez para impedir a degradação dos serviços de Finanças de Lousada”.
A reacção do presidente da Câmara Municipal não se fez esperar, referindo que este assunto é demasiado importante para merecer “ataques primários e descabidos” por parte da oposição. Pedro Machado lembrou que “estes serviços são responsabilidade do Governo”, sendo que cabe apenas à autarquia “ajudar e coadjuvar” nestes processos.
O autarca defende que a futura Loja do Cidadão, uma estrutura que o Governo pretende “disseminar por todo o país”, albergue este e outros serviços como a Segurança Social e Conservatórias, por exemplo. O edil frisou ainda que este documento será também encaminhada para a AMA, a Agência de Modernização Administrativa que tem a responsabilidade das Lojas do Cidadão em Portugal.
A moção foi aprovada por maioria com 34 votos.