O actor penafidelense, Martinho da Silva esteve presente, no sábado, no encerramento da IV edição do Festival de Teatro Amador Sentir Penafiel, uma iniciativa da autarquia penafidelense que aproveitou para o homenagear.
O actor começou no teatro amador, mas ficou célebre pela sua presença em vários projectos televisivos. A sala do Museu Municipal de Penafiel ficou lotada para o ver e assistir à representação da peça “Zé, abre a pestana” pelo Grupo de Teatro de Novelas. Martinho da Silva não escondeu a emoção de estar em Penafiel e aproveitou para agradecer a homenagem que lhe foi conferida.
“Em primeiro lugar não me consigo sentir merecedor desta homenagem e não é falsa modéstia. Acho que devem ser agraciadas com a medalha que me foi conferida no ano passado pessoas que fizeram coisas concretas e valorosas. Não estou a dizer que o faço não é valoroso, mas faço o que gosto e nem considero isso um trabalho. Sou um privilegiado por poder exercer a minha profissão de actor. Além disso ser reconhecido pela comunidade que me viu nascer é um privilégio, não consigo digerir isso, só me resta agradecer”, expressou, aproveitando para felicitar a Câmara de Penafiel pela medalha de ouro que conferiu ao actor no ano transacto.
“Quando saí de Penafiel, ausentei-me muito tempo da cidade, fui para Lisboa e passei a vir muito menos vezes a Penafiel e senti que as pessoas achavam que tinha abandonado as minhas raízes, mas sei que as pessoas sentem um carinho especial pelo meu trabalho de actor em televisão. Mas quando fui fazer o meu curso de teatro não procurava aparecer na televisão, nem ser famoso. Queria apenas interpretar papéis que gostasse de fazer. E quem me conhecesse sabe que continuo a ser uma pessoa humilde”, afirmou.
Martinho da Silva realçou, também, o trabalho que a autarquia tem realizado no domínio das artes e em especial no teatro amador.
“É uma maravilha de ver pessoas em cima de um palco a fazer coisas que gostam. As pessoas fazem teatro com muito amor e sacrifício”, avançou.
“Já não via actividade artística em Penafiel há muitos anos, também porque Penafiel não tinha um teatro para eventos artísticos”
Questionado sobre a criação do espaço de cultura que está previsto para Penafiel, designado de “Ponto C – Cultura e Criatividade” projecto municipal com auditório com capacidade para 400 pessoas, o actor penafidelense assumiu que este era um espaço que faltava à cidade e ao concelho que vai permitir potenciar as artes.
A vereadora responsável pelo pelouro da cultura da Câmara de Penafiel, Susana Oliveira, elogiou os contributos que o actor penafidelense tem dado ao teatro amador, assumindo que Martinho Silva é hoje é uma figura incontornável do teatro e da televisão, sendo muito acarinhado pelos penafidelenses.
No final o actor aproveitou para falar com os presentes que lotaram a sala do Museu de Penafiel e tirar algumas selfies.