“Esta Câmara está a ser uma desilusão para todos”
A confirmação da candidatura de Mário Magalhães à liderança da Câmara Municipal de Penafiel chega dias depois do antigo deputado ter celebrado 50 anos de idade. O jantar de aniversário aconteceu no último domingo e reuniu vários apoiantes do agora candidato.
Embora militante do PSD, Mário Magalhães apresenta-se a eleições sem o apoio oficial de qualquer partido. Ao VERDADEIRO OLHAR, o candidato apresenta-se como “um cidadão livre”, “penafidelense”, que não depende de ninguém e que vai “liderar um movimento de pessoas igualmente livres e disponíveis”. “O meu projecto político chamase Penafiel, não é do partido A ou B, não é de esquerda ou direita. É penafidelense”, assume.
Depois, Mário Magalhães justifica a candidatura com o que considera ser um mau mandato do executivo municipal liderado pelo seu antigo companheiro de vereação Antonino de Sousa. “Esta Câmara está a ser uma desilusão para todos. Desvirtuou o projecto inicial de 2001, perdeu a ambição e perdeu o sentido do serviço público. Não resistiu às intrigas internas e rebentou por dentro, como se vaticinava aliás. Não é capaz de transmitir alma, vida, arrojo, capacidade para promover o desenvolvimento económico e social que se exige para este concelho. Vive do populismo, não tem equipa, não tem projecto e esgotouse em si mesmo, está madura, cansada, restalhe terminar o mandato”, critica.
Foi companheiro de Antonino de Sousa num executivo municipal liderado por Alberto Santos
Após dois mandatos na Assembleia Municipal de Penafiel, Mário Magalhães foi, em 2001, nomeado adjunto do então presidente Alberto Santos e, quatro anos mais tarde, passou a vereador num executivo municipal da coligação “Penafiel Quer”. Cumpriu mandato e meio até, em 2011, integrar as listas do PSD à Assembleia da República e ser eleito deputado. Nas últimas eleições legislativas não integrou as listas apresentadas pela coligação PSD/CDS.