Mário Duarte, actual presidente da mesa do plenário do PSD Valongo, é candidato à presidência da comissão política. Ao que tudo indica as eleições agendadas para 19 de Setembro terão uma única lista candidata.
Com experiência política, o social-democrata diz querer tornar o partido, que está “na mó de baixo”, “atractivo outra vez”, chamar militantes e recuperar a Câmara de Valongo ao PS, já em 2021. Garante, no entanto, que não é sua pretensão ser o candidato do PSD nas próximas autárquicas.
Sobre Valongo, afirma que há muito a fazer. “O concelho de Valongo precisa de jogar na Liga dos Campeões e, nos últimos anos, tem jogado na segunda liga”, aponta.
“Na política não há impossíveis”
É militante do partido há cerca de 30 anos. Por duas vezes foi presidente da comissão política concelhia do PSD Valongo, já foi vereador na Câmara Municipal e foi membro da Assembleia Municipal pelo partido (em dois mandatos). “Tenho um compromisso muito grande com o PSD”, afirma.
Nos últimos anos, com menos disponibilidade, manteve-se como presidente da mesa do plenário. Mas, como nas eleições agendadas para Junho deste ano não surgiu nenhum candidato e Maria Trindade Vale, actual líder da comissão política, disse não pretender recandidatar-se, Mário Duarte assume querer apoiar um “PSD na mó de baixo”. “Decidi que devia disponibilizar-me para ajudar o partido nesta altura em que precisa dos militantes”, adianta.
O social-democrata reconhece que há “muito trabalho pela frente”. “É preciso chamar os militantes ao partido. O primeiro trabalho será esse. Depois temos as eleições autárquicas no próximo ano”, resume.
“Queremos tornar o partido mais activo e sensibilizar os militantes que têm andado afastados e desmotivados. Queremos tornar o PSD Valongo atractivo outra vez”, acrescentou Mário Duarte, lembrando que a pandemia tem dificultado os encontros e debates de ideias, sendo necessário adaptar o partido a estes novos tempos.
Apesar de ser candidato à liderança da comissão política concelhia, deixou desde já claro que não pretende ser candidato à Câmara de Valongo. Mas o processo autárquico, a pouco mais de um ano de distância, será uma das prioridades.
“A meta é ganhar a Câmara ao PS já em 2021. Não fazia sentido trabalhar num horizonte a cinco anos. Na política não há impossíveis”, defende Mário Duarte, que quer ter os candidatos às juntas de freguesia já definidos até ao final do ano e o candidato à câmara escolhido no primeiro trimestre de 2021. “O partido tem pessoas com capacidade para serem candidatas, algo que será discutido em equipa e com serenidade. Não vão faltar pessoas íntegras, sérias e competentes”, acredita. Luís Ramalho, candidato do partido nas últimas autárquicas, deverá ficar afastado da corrida já que acaba de renunciar ao mandato como vereador.
“Com trabalho activo, com propostas e dedicação dos militantes em passar a mensagem. E muito trabalho, mesmo sabendo que é difícil”, o PSD pode ganhar a Câmara.
Sobre a sua lista, sustenta que pretende ser de união. “A minha intenção ao apresentar a lista foi essa. Pretendia que fosse o mais consensual possível. Não faz sentido num partido que está em baixo haver facções”, argumenta. Segundo Mário Duarte, 90% das pessoas que integram a equipa nunca exerceu funções na comissão política.
Vai dar-se ainda uma inversão de papéis, com Maria Trindade Vale a ser candidata à mesa do plenário. Analisando o trabalho desenvolvido, o agora presidente não critica. “A comissão política anterior fez o trabalho que era possível fazer e de forma competente. Todas as comissões políticas do PSD foram afectadas pela condição que o PSD nacional está a atravessar”, afirma.
Já quanto ao trabalho do PS à frente da autarquia não critica tudo, mas diz que é preciso mais. “Não vou dizer que o trabalho que o presidente da câmara tem feito não tem coisas positivas, mas falta fazer bastante”, refere, explicando que José Manuel Ribeiro não tem sabido capitalizar a posição do concelho junto de um Governo que até é socialista.