Verdadeiro Olhar

Lousada quer pôr crianças a vencer barreiras através da musicoterapia

A Câmara Municipal de Lousada vai implementar, este ano lectivo, um projecto denominado “Musicoterapia”, que visa “atribuir mais competências” a crianças inseridas inseridas na Educação Inclusiva.

O projecto vai ser realizado em quatro agrupamentos das escolas do primeiro ciclo de Lousada, e vai envolver cerca de “30 crianças”, avançou ao Verdadeiro Olhar, António Augusto Silva, responsável pela Educação do município.

Para o vereador, é inegável que “a música tem um impacto nas emoções, no comportamento” e, em última análise, até na “saúde” de cada um de nós.

Por isso, este projecto-piloto, que vai ser realizado por equipas de Educação Especial, vai estar direccionado para crianças, por exemplo, “com espectros de autismos, que tenham dificuldade de concentração ou de raciocínio” ou outras complicações, especifica António Augusto Silva.

A Musicoterapia insere-se no programa de Actividades de Enriquecimento Curricular (AECs), criado em 2005, que se realizam após as aulas. Xadrez, dança, desporto, são algumas das áreas que as crianças têm à disposição e que complementam o horário escolar.

O carácter lúdico e o facto de não existir avaliação de desempenho são algumas das características das ‘AECs’, tidas como importantes do ponto de vista do potencial impacto no desenvolvimento dos mais novos.

António Augusto Silva (fotografia: Município de Lousada)

António Augusto da Silva sublinha a relevância das ‘AECs’ e deste projecto-piloto, que em Lousada sai reforçado com a componente de musicoterapia, porque “há áreas que não suscitam o interesse destas crianças”, que as consideram “fastidiosas” e, no final, “nem retiram proveito delas”.

A musicoterapia terá uma componente “terapêutica”, que incidirá sobre determinadas patologias das crianças, “trabalhando competências que precisam desenvolver”, reforçou o vereador.

Esta actividade vai incluir “o uso e interacção com instrumentos musicais, gravações”, entre outras dinâmicas, de forma a “estimular a concentração, despertar interesses e envolvendo-as”, tendo sempre na mira a “integração com as outras crianças”.

António Augusto Silva não tem dúvidas do sucesso deste projecto, que, a confirmar-se, será para “continuar e alargar”, concluiu.