“Os pais podem ser a maior fonte de apoio ou de pressão dos filhos”. Esta foi a conclusão retirada das palavras de Rui Gomes, professor na Escola de Psicologia da Universidade do Minho, que abordou em Lousada o tema das relações entre pais e filhos no desporto.
Inserido num ciclo de formações, promovidas pela autarquia, subordinados ao tema “relações entre pais e filhos no desporto – importância do desporto no desenvolvimento das crianças e jovens”, Rui Gomes destacou ainda que o importante quando as crianças praticam alguma actividade desportiva é que esta tenha como primeira finalidade a adopção de “um estilo de vida saudável”.
Presentes nos trabalhos estiveram pais, atletas e treinadores, que ouviram ainda abordar outros temas relacionados com a influência parental na prática desportiva, como sejam alguns mitos sobre esta matéria. Um deles está relacionado com o desporto juvenil, e que refere que as crianças quando obtêm bons resultados aumentam “as hipóteses” de se tornarem, no futuro, atletas de sucesso. O especialista deita por terra esta convicção dizendo que “não existem evidências nesse sentido”.
Para além disso, o desporto não pode ser visto “como uma perda de tempo” e de estar relacionado com o facto de quando o praticam, os alunos baixarem as notas escolares. No entanto, para Rui Gomes a prática desportiva não é uma “escola de virtudes”, relatou a autarquia de Lousada, em nota de imprensa.
Ainda sobre a influência parental no desporto, o palestrante explicou que “pode ser de baixo envolvimento, quando se verifica pouco interesse e indisponibilidade para apoiar ao nível material e emocional, e moderado, quando a comunicação é aberta e franca com os atletas e treinador”.
Quer isto dizer que, “existe elevado envolvimento quando se verifica uma presença constante nos treinos e competições e disponibilidade para ajudar”, por exemplo. º
Ainda de acordo com Rui Gomes “deve existir feedback parental antes, durante e após a competição”.