A Câmara Municipal de Lousada, a par com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), vão recuperar o rio Sousa, numa extensão de 13 quilómetros, que inclui o leito e margens, sendo que o auto de consiganção da primeira fase desta intervenção já foi firmado entre a autarquia e a empresa responsável pelos trabalhos.
Designado de “ReValSOUSA – Reabilitação e Valorização do Rio Sousa na Paisagem Protegida do Sousa Superior”, o projeto foi apresentado numa cerimónia, que decorreu no Parque Molinológico e Florestal de Pias, no seguimento do protocolo técnico-financeiro celebrado com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
A primeira fase desta intervenção incide sobre sobre a “contenção de espécies exóticas invasoras”, assim como inclui “ações de desassoreamento e de beneficiação de habitat para espécies ribeirinhas com o reforço ecriação de galeria ripícola, no rio Sousa, na Paisagem Protegida Local do Sousa Superior”, explica a autarquia.
“Esta é a primeira ação que tem intervenção financiada”, sendo que “o município tem desenvolvido muitas outras e que contam, em grande parte, “com o envolvimento ativo da população”. Este projeto é muito ambicioso e o investimento de 100 mil euros nesta fase, é disso prova”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Lousada, Pedro Machado.
Os objetivos desta ‘obra’ passam pela melhoria da conectividade longitudinal e transversal do rio Sousa, melhorando as funções ecológicas, bem como pretende minorar e mitigar os efeitos nocivos das cheias nos ecossistemas, na produtividade agrícola e os respetivos danos económicos e materiais, utilizando soluções de base de engenharia natural e de melhoria hidromorfológica.
“As ações desenvolvidas pela autarquia têm tido grande sucesso porque existe uma sensibilização, junto dos alunos dos estabelecimentos de ensino, em que os resultados vão sendo notados a médio e longo prazo. A autarquia tem investido muito em educação ambiental”, sublinhou ainda o autarca.
José Pimenta Machado, vice-presidente da APA, destacou o trabalho realizado por Lousada, porque “trabalhar a rede hidrográfica e não permitir que os rios sejam agredidos é fundamental”.
Com o Quadro Comunitário de Apoio Portugal 2030 “vai ser possível disponibilizar financiamento para os bons projetos, como é o caso deste”, acrescentou ainda o vice-presidente da APA.
“A recuperação dos guarda rios, pessoas que tinham a função que têm hoje centenas de voluntários em Lousada, é essencial para uma maior fiscalização”, sugeriu o autarca e, a este propósito, José Pimenta Machado comprometeu-se a recuperar essas funções num novo enquadramento.