O túnel junto à estação de Caíde de Rei, em Lousada, foi palco, na madrugada de sábado, de um simulacro com 132 operacionais e 48 veículos numa organização da Associação Nacional de Ensino e Pesquisa do Campo de Públicas (ANECP), INEM, GNR, Refer – Infraestruturas de Portugal, CP, em co-organização com Câmara Municipal de Lousada avaliadores, equipas de segurança e observadores, num total de 300 pessoas.
Um comboio, com 119 passageiros, proveniente do Marco de Canaveses e com destino à estação de S. Bento, no Porto, embateu contra uma barreira de terra na sequência de um desmoronamento de um talude, este foi o cenário do simulacro que testou a resposta e eficácia dos vários agentes que participaram no exercício.
Segundo o vereador da Protecção Civil da Câmara de Lousada, António Augusto, o exercício foi globalmente positivo e teve como objectivos além da missão de socorro em caso de sinistro, acautelar a segurança dos próprios operacionais nestes contextos de ferrovia electrificada.
“Haverá uma avaliação mais rigorosa e pormenorizada realizada pelos avaliadores designados pelo Comando Distrital da ANEPC (Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil) que liderou toda esta operação; contudo, por aquilo que foi apurado na reunião final do exercício a avaliação é, genericamente, muito positivo”, disse, salientando que o simulacro decorreu entre as 01h45 e as 04h30.
O autarca reconheceu que este exercício contribuiu para afinar procedimentos, concertar estratégias e minimizar eventuais sinistros ou eventual catástrofe no túnel, não sendo esta a primeira vez que tal sucede.
“É muito importante e não é a primeira vez que acontece. No passado recente já foi feito outro exercício em local próximo, formação em sala para bombeiros e visita às oficinas da CP em Contumil para conhecimento mais profundo do material circulante, nomeadamente abertura de portas pelo exterior, desligar motores, etc.. Para além da missão de socorro em caso de sinistro preocupa-nos também a segurança dos próprios operacionais nestes contextos de ferrovia electrificada”, expressou, sustentando que o túnel de Caíde de Rei continua a ser o ponto mais crítico no concelho e na região em termos de Protecção Civil.
“Julgamos que sim, pela sua configuração, comprimento, etc. será a estrutura mais complexa, embora a probabilidade de uma ocorrência grave seja obviamente muito baixa”, acrescentou.
Questionado sobre as intervenções que foram realizadas recentemente no túnel, o responsável pela Protecção Civil reconheceu que as obras contribuíram para melhorar a segurança na infraestrutura.
“Obviamente que o túnel está mais seguro, mas é público que continuam a verificar-se problemas com as comunicações, estando já anunciado pelas Infra-estruturas de Portugal investimentos nesta área e na sua iluminação”, avançou.